DESASTRE

Prefeito do Rio diz que desabamento foi “um drama tremendo”

De acordo com Bombeiros, cinco famílias residiam nos prédios

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 12/04/2019 às 12:48
Tânia Rêgo/Agência Brasil
FOTO: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse hoje (12) que o desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema foi “um drama tremendo”. Ele reforçou que os edifícios eram irregulares e tiveram suas obras interditadas.

Segundo nota divulgada mais cedo pela prefeitura, as obras, que começaram há dois anos, estavam interditadas e embargadas desde novembro de 2018. A área é de proteção ambiental, onde só são permitidas edificações unifamiliares - ou seja, de casas.

“Essas edificações estão num loteamento irregular. A prefeitura já tinha notificado, comunicou ao Ministério Público, tentou interditar, lançou diversas multas e infrações, mas infelizmente as obras continuaram. Fica uma lição: quando a prefeitura notificar, der os autos de interdição, não continuem as obras porque há risco de vida”, disse Crivella.

Prédios que desabaram no Rio eram irregulares e estavam interditados
Prédios que desabaram no Rio eram irregulares e estavam interditados
(Centro de operação da Prefeitura do RJ)

Até o momento, foram confirmados dois mortos e oito feridos. Os bombeiros trabalham no local em busca de outras vítimas, já que há a informação de que pelo menos cinco famílias residiam nos prédios.

O representante comercial Marcelo Vasconcelos, de 47 anos, era proprietário de duas unidades em um dos edifícios que desabou. Ele explicou que comprou um apartamento para o irmão e outro para a cunhada, por R$ 110 mil cada um, mas que ambos estavam vagos.

“Eu sabia que era irregular por causa do preço e da localidade. Mas foi para atender às necessidades dos meus parentes que precisavam sair do aluguel”, disse ele.