HISTÓRIA

Pernambuco tem mais três monumentos tombados

Os monumentos estão localizados no Antigo Engenho da Torre, no bairro de São José e na Ponte D’Uchoa

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 19/04/2019 às 19:00
Guga Matos/JC Imagem
FOTO: Guga Matos/JC Imagem

Pernambuco passa a contar com mais três monumentos tombados. O processo foi realizado nesta semana pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural.

O primeiro deles é o das edificações remanescentes do antigo Engenho da Torre, que atualmente corresponde à atual Igreja de Nossa Senhora do Rosário, à casa grande, hoje Escola Estadual Maciel Pinheiro e à chaminé construída em cerâmico maciço. Os outros dois monumentos são a Basílica da Penha, no bairro de São José e a antiga parada de trens urbanos da Ponte D'Uchoa, onde fica a estação Maxambomba, que foi construída em 1865, para os primeiros bondes do Recife.

O historiador e conselheiro de preservação do estado, Leonardo Dantas, explica o sentido da palavra “tombar” e os benefícios que os monumentos ganham a partir desse processo. “Tombar significa preservar. Tombar não é derrubar. É quando aquele bem passa a ser inscrito no livro de Tombo e por isso ele não pode sofrer qualquer tipo de alteração”, explicou.

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Ainda de acordo com o historiador, o Museu do Estado de Pernambuco teve o acervo tombado pelo Iphan. Já o povoado de Vila Velha, situado no Sítio Histórico da Ilha de Itamaracá, está em fase de processo para receber o status de patrimônio tombado. “O Museu do Estado de Pernambuco não está tombado pelo estado, mas as coleções do museu receberam tombamento a nível federal. O tombamento em Itamaracá não é simples, porque começa em Vila Velha e vai até o Forte Orange, é uma área muito grande e ainda está em processo de estudo”, informou o historiador.

Em meio a tragédias recentes, como os incêndios no Museu Nacional, no Rio de Janeiro e na Igreja de Notre-Dame em Paris, o historiador afirma que não basta conceder o título de patrimônio tombado, é preciso cuidar, de fato, da segurança desses monumentos históricos. “Infelizmente nosso estado deixa muito a desejar. Falta um plano de contenção para o fogo, no arquivo público estadual, no Museu do Estado. A única instituição que tem um plano de contenção e prevenção contra o incêndio é o Instituto Ricardo Brennand”, finalizou.

Confira os detalhes na matéria de Thiago Barreto: