DESFECHO

Mulher que levou bebê do Imip é solta após audiência de custódia

O bebê foi levado pela mulher na noite do sábado de dentro da enfermaria do Imip e foi encontrado neste domingo

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 22/04/2019 às 16:32
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) divulgou o resultado da audiência de custódia da mulher que levou um bebê do Imip, no último sábado (20). A mulher de 47 anos recebeu alvará de soltura pelo crime de “subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude da lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto”, previsto no artigo 237 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Ela também não precisou pagar fiança e cumprirá as seguintes medidas cautelares: comparecimento bimestral na Justiça para justificar suas atividades; recolhimento domiciliar após às 22h; proibição de ausentar-se da cidade onde reside sem prévia autorização judicial.

Relembre o caso

A Polícia Civil apresentou na manhã desta segunda-feira (22) os detalhes da prisão de uma mulher suspeita de levar um bebê recém-nascido do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, Área Central do Recife.

A prisão foi realizada no bairro de Afogados neste domingo (21), após denúncias anônimas. No sábado (20), a mãe do pequeno Gabriel, Luana Maria da Silva, de 30 anos, teria saído por um instante da enfermaria da unidade de saúde. Quando voltou, não encontrou mais o filho e entrou em desespero.

De acordo com testemunhas, a suspeita teria dito que era avó do menino, no momento em que saía hospital. Toda a ação foi registrada pelas câmeras de segurança do Imip. Segundo o delegado da Polícia Civil, Cláudio Neto, quando foi localizada com o pequeno Gabriel dentro de casa, a mulher afirmou que teria perdido um filho e por isso decidiu pegar o recém-nascido do Imip. Versão que, para a polícia, pode ser mentira.

“Quando encontramos o menino Gabriel, a suspeita estava abalada, chorando e acabou confessando o crime. Ela alegou que perdeu um filho recentemente e cometeu o crime para suprir uma lacuna que foi deixada por essa perda. Nós não acreditamos. Depois da prisão os próprios moradores estranharam o fato dela não apresentar barriga e do nada aparecer com um recém-nascido”, disse.

Nota

Por meio de nota, a unidade hospitalar informou que, nos últimos anos, vem tomando uma série de medidas de proteção aos usuários, entre elas a instalação de câmeras, ampliação do quadro de porteiros, redução das entradas do hospital e utilização de pulseiras de identificação por pacientes e acompanhantes.