A Justiça decretou a prisão preventiva de quatro homens suspeitos de participar da morte do empresário Mário Cavalcante de Gouveia Junior, de 79 anos, na madrugada da terça-feira (23). Eles foram presos em flagrante nesta quarta-feira (24) e conduzidos para o Fórum de Nazaré da Mata, Zona da Mata do Estado, onde passaram por uma audiência de custódia, nesta quinta-feira (25).
Três dos suspeitos foram localizados na cidade de Paudalho e um no Recife. Com Luciano José de Santana, Cícero Romão Henrique da Silva, Leonardo do Nascimento Silva e Rodrigo Gomes da Silva, a polícia encontrou armas de fogo, sendo uma pistola .45 de propriedade da vítima, além de munições, carregadores e um veículo com placa de Paudalho. Foi apreendido também 1,5kg de maconha prensada.
Após a prisão, eles foram conduzidos para a Delegacia de Camaragibe, onde passaram a madrugada desta quinta-feira (25), prestando depoimento para a delegada Euricélia Nogueira, que assumiu o caso.
Confira os detalhes na reportagem de Juliana Oliveira:
Suspeitos
Os suspeitos negaram participação no crime e afirmaram não conhecer o empresário Mário Cavalcanti. De acordo com Rodrigo Varejão, advogado de Luciano e Cícero, seus clientes trabalhavam como guardas de apito na cidade de Paudalho, e que faziam a segurança da rua na qual estão localizados o parque aquático Águas Finas e a casa da família de Mário, onde o crime aconteceu.
Um quinto homem também é apontado como suspeito de participação no assassinato. Ele deu entrada no hospital na quarta-feira com um tiro na perna e outro no abdômen, mas morreu durante a madrugada.
Relembre o caso
A casa onde o empresário, proprietário do Parque Águas Finas, morava, no quilômetro 17 da Estrada de Aldeia, foi invadida por cerca de 15 homens por volta das 2h30 desta terça-feira (23). O grupo levou aproximadamente dinheiro e nove armas de fogo, que pertenceriam a uma coleção da vítima. Toda a renda do fim de semana do parque aquático estaria guardada na casa.
De acordo com a Polícia Militar, Mário Gouveia foi baleado pelos criminoso após reagir. Ele chegou a ser levado em seu helicóptero para um hospital particular do Recife, mas não resistiu aos ferimentos.
Os criminosos estavam em dois carros e conseguiram fugir. Para dificultar a ação da polícia, eles montaram barricadas com árvores derrubadas e colocaram pregos nas vias de acesso ao local do crime. Um dos veículos que poder ter sido utilizado pelo grupo foi encontrado no Cordeiro, Zona Oeste do Recife.