O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (9) esperar que os plenários da Câmara e do Senado revertam a decisão de uma comissão do Congresso que retirou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça. A posição do presidente porém - de manter o conselho na pasta da Justiça - parece que não está alinhada com a posição de seu partido, o PSL.
Nesta sexta-feira (10), em entrevista a Geraldo Freire, no Passando a Limpo da Rádio Jornal, o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar disse que o partido do presidente Bolsonaro está divido em relação ao destino do conselho. "O próprio PSL é dividido com relação a isso", revelou.
"O governo procura fazer isso (manter o Coaf na Justiça) porque é um projeto dele de governo. Mas a grande maioria dos parlamentares não entende dessa forma", afirmou.
Comissão Especial
Nesta quinta (9), a Comissão Especial do Congresso que analisa a Medida Provisória da Reforma Administrativa, decidiu transferir o Conselho de Controle de Atividades Financeiras para o Ministério da Economia. A decisão representou uma dura derrota para Jair Bolsonaro e para o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública). Ter o comando do Coaf foi uma das condições de moro para assumir ministério.
O líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), anunciou que o governo iria articular para que o Coaf se mantenha sob à alçada do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, na votação no plenário da Câmara.
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