ECONOMIA

Governo de Pernambuco aumenta em 26% o orçamento da UPE

A universidade teve um aumento de R$ 5,6 milhões em seu orçamento

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 15/05/2019 às 13:55
Alexandre Gondim/JC Imagem
FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem

Um dia antes das manifestações contra cortes na educação, que acontecem em várias cidades do país nesta quarta-feira (15), o Governo de Pernambuco anunciou um reforço no orçamento da Universidade de Pernambuco (UPE). O Governo do Estado garantiu, na terça-feira (14), um aumento de 26% no custeio da instituição, em relação ao valor empenhado no ano passado. Em 2018, o orçamento da UPE foi de R$ 21,6 milhões. Com o incremento, a instituição contará com R$ 27,2 milhões.

O reforço no custeio da UPE vai contribuir para o cumprimento de sua função estratégica, contribuindo também para o crescimento da instituição e para o desenvolvimento do estado. O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Aluisio Lessa, destacou a importância da decisão na busca por soluções inovadoras para os desafios sociais.

Em entrevista a Geraldo Freire no Passando a Limpo, o secretário disse que a ampliação dos investimentos não se trata de uma afronta ao governo federal. “O governador estudou muito para anunciar esse aumento do orçamento para custeio para manter a universidade funcionando bem, mas infelizmente o Governo Federal pensa diferente, cortando orçamento e investimentos das universidades de todo o Brasil”, afirmou.

A UPE está presente em todas as regiões do estado através do seu complexo Multicampi, que é formado por 15 unidades de ensino distribuídas no Recife e Região Metropolitana, Nazaré da Mata, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Salgueiro, Petrolina, Serra Talhada e Palmares. De 2015 até 2019, o orçamento da UPE caiu em 45%.

O reitor da UPE, prof. Pedro Falcão disse que a reitoria vem trabalhando para o fortalecimento e consolidação da única instituição pública universitária do estado.

Cidades brasileiras começaram, na manhã desta quarta-feira (15), a ter manifestações contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo MEC. Até 10h20, ao menos 19 estados e o Distrito Federal tinham registrado atos pacíficos. Universidades e escolas também tiveram paralisações.

Entidades ligadas a movimentos estudantis, sociais e a partidos políticos e sindicatos convocaram a população para uma greve de um dia contra as medidas na educação anunciadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

Confira os detalhes da matéria de Victor Tavares:

Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.

De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas.

O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.