ENTREVISTA

Carpinejar questiona a supervalorização do celular nos relacionamentos

O título do novo livro do escritor Fabrício Carpinejar é "Minha esposa tem a senha do meu celular”

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 30/05/2019 às 17:19
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O escritor Fabrício Carpinejar estará no Recife no dia 6 de junho, na livraria Saraiva do RioMar Shopping para lançar seu novo livro, “Minha esposa tem a senha do meu celular”. Nesta quinta-feira (30), ele conversou com Anne Barreto e Rhaldney Santos no Rádio Livre.

Carpinejar criticou a supervalorização dos celulares em detrimento das relações e diz que o livro é uma narrativa biográfica. “Eu defendo a lealdade a fidelidade do amor em tempos líquidos. É mostrar o quanto o celular tem sido supervalorizado, como se a gente tivesse a nossa vida reduzida a um aparelho. O aparelho não pode ser maior do que a relação. A gente fica fazendo ciúme à toa com o celular, fazendo charme. No meu caso, com minha mulher, eu mesmo convido, não é invasão”, comentou o escritor.

Fabrício Carpinejar ainda fez um alerta sobre liberdade. “A gente tem uma grande dificuldade de entender a liberdade como uma partilha a dois. A gente entende a liberdade como egoísmo. Só fazer aquilo que quer, não ter ninguém para prestar contas, prestar satisfações. E isso é isolamento. Liberdade é cuidar do outro e ser cuidado”, apontou.

Redes sociais

O escritor e poeta se popularizou nas redes sociais e disse que isso só o deixa feliz. Procurado pelos leitores e internautas, ele fala sobre a importância de dar um retorno. “Eu acredito na força da afetividade, da amizade, da atenção e a gente dá atenção a gente já está curando o outro”, contou Carpinejar.