REVOLTA

Espaço onde funcionam biblioteca e horta comunitárias pode ser interditado

A biblioteca RioTeca foi autuada pela Brigada Ambiental do Recife, que recebeu denúncias de construções irregulares

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 12/06/2019 às 17:35
Filipe Jordão/ JC Imagem
FOTO: Filipe Jordão/ JC Imagem

Moradores que residem às margens do Rio Capibaribe, na Zona Oeste da capital pernambucana, foram autuados pela Brigada Ambiental do Recife. O órgão recebeu denúncias de construções irregulares na Rua Eliésio Olímpio de Moura, na comunidade Santa Luzia, no bairro da Torre, na Zona Norte da capital pernambucana.

Uma das propriedades autuadas é a Rioteca, uma biblioteca comunitária que há 12 anos pratica o estímulo à leitura e à reciclagem de material descartados. O local também tem um parque para as crianças.

Espaço funciona na comunidade Santa Luzia, no bairro da Torre
Espaço funciona na comunidade Santa Luzia, no bairro da Torre
Filipe Jordão/ JC Imagem

Segundo o marceneiro Claudemir Amaro, construtor e administrador da biblioteca, a Rioteca nunca havia tido problemas judiciais. Ele critica a postura da prefeitura. “Eles disseram que essa área é irregular porque não pode ser construído nada na beira do rio (...) Aí eu disse ‘é porque faz de 11 a 12 anos que eu estou aqui lutando aqui, cuidando do negócio, o que era para prefeitura tomar conta e não eu’”, contou.

Além da Rioteca, o espaço também conta com uma horta comunitária. O projeto foi construído em parceria com estudantes de arquitetura de da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

RioTeca incentiva a leitura e a reciclagem de material descartados
RioTeca incentiva a leitura e a reciclagem de material descartados
Filipe Jordão/ JC Imagem

Confira os detalhes na reportagem de Beatriz Albuquerque:

Resposta da Prefeitura do Recife

Em nota, a Prefeitura do Recife afirma que a Secretaria Executiva de Inovação Urbana será acionada para conhecer melhor o projeto social já que a pasta tem atividades similares. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade esclarece que compareceu ao local devido às denúncias e que todos os responsáveis foram autuados para prestar os devidos esclarecimentos à gestão municipal num prazo de 30 dias, ainda vigente.