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“Os políticos são nossos empregados”, diz o cantor Jorge Vercillo

Em entrevista, cantor ressaltou que o brasileiro é um povo maravilhoso, generoso e não é corrupto.

Agência Brasil
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Publicado em 25/06/2019 às 10:42
Reprodução/Rádio Jornal
FOTO: Reprodução/Rádio Jornal

O cantor Jorge Vercillo, que está em turnê nacional com o espetáculo “Nas Minhas Mãos”, tem aproveitado as apresentações para estimular o debate sobre cidadania e a importância da participação popular na vida política do país. “Cidadania é você entender que não é o dono da verdade”, afirma. Para ele, a população também precisa ter ciência de que os políticos são seus empregados.

Vercillo conversou com a jornalista Roseann Kennedy, no programa Impressões, da TV Brasil, que vai ao ar nesta terça-feira (25), às 23h. Ele deixou claro que, muito além da carreira artística, queria falar sobre o clima hostil nas redes sociais, a polarização partidária e os processos de mudança no país. “Eu tô falando muito nisso, nas entrevistas e nos shows, porque é onde eu posso ajudar”.

No novo álbum, o artista gravou a música Garra, em parceria com o jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho. A letra fala de corrupção, do jogo sujo de quem governa em causa própria e diz que isso tem de acabar. A dobradinha repercutiu nas redes sociais. “Nas minhas redes eu aprendo muito, mas sem agressividade. Vamos trocar informação. Senão, tanta gente inteligente fica sendo mais burra do que um animal, que é muito mais inteligente”, comparou.

Jorge Vercillo ressaltou que o brasileiro é um povo maravilhoso, generoso e não é corrupto. "É um povo sobrevivente de uma chuva de meteoros. Mas existe toda uma artimanha, um sistema de poder, montado para emburrecer as pessoas. E é isso que a gente tem mudado”, disse.

O cantor acrescentou que só o povo pode melhorar o Brasil e não os políticos. “Porque são pessoas que entram pra política na boa intenção, mas que se veem dentro de um sistema podre. O modus operandi, a maneira de fazer política, é muito arcaica no Brasil”. E concluiu: para melhorar “é só a população deixar dessa coisa infantil, inútil, dessa briga entre esquerda e direita”.