EX-DETENTOS

Egressos do sistema prisional trabalharão no TI de Igarassu e nas estações de BRT

O início dos trabalhos para os ex-reeducandos do sistema prisional está previsto para a segunda semana de julho

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 01/07/2019 às 18:03
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FOTO: JC Imagem

Um grupo de 17 egressos do sistema prisional vai trabalhar no Terminal Integrado de Passageiros de Igarassu e nas estações de BRT do corredor Norte, no trecho de Igarassu à Recife. Os novos trabalhadores vão atuar na limpeza dos espaços, na organização das filas, e no controle à gratuidade destinada a idosos e pessoas com deficiência.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, e o presidente da Conorte, concessionária do Grande Recife Consórcio de Transporte, Alfredo Bezerra Leite, que assinaram um convênio de empregabilidade.

O início dos trabalhos está previsto para a segunda semana de julho. Antes disso, eles passarão por integração com suas respectivas famílias e treinamento. O contrato estipula seis horas de trabalho e a remuneração de um salário mínimo. A parceria é regida pela lei de execuções penais, o que isenta o empregador de encargos trabalhistas, como FGTS, décimo terceiro salário e férias.

Confira os detalhes na reportagem de Letícia Silvia:

Oportunidade

Ezaú Campos, de 39 anos, é um dos 17 egressos que serão integrados ao mercado de trabalho por meio da iniciativa. Morador do bairro de Igarassu, está em regime aberto até 2021. Para ele, esta é uma excelente oportunidade para trilhar novos caminhos.

Durante o período em que Ezaú Campos ficou distante do convívio em sociedade, ele diz ter aprendido algumas lições, além de também ter desenvolvido novas habilidades por meio de cursos. Ezaú trabalhou como marceneiro enquanto esteve recluso por cinco anos.

O Patronato Penitenciário, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, é responsável por dar assistência aos egressos e oferecer cursos profissionalizantes, atendimento psicossocial e jurídico. Atualmente, 1.011 reeducandos trabalham através de convênios de empregabilidade em empresas privadas e órgãos públicos.