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Caravana Cremepe fiscaliza aplicação de recursos na saúde básica

Presidente do Cremepe lembrou que além da falta de recursos, outro problema é a má gestão dos recursos destinados à saúde

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 03/07/2019 às 16:53
Secretaria de saúde - Prefeitura do Recife
FOTO: Secretaria de saúde - Prefeitura do Recife

Mapear como os municípios do Estado estão investindo as verbas destinadas à saúde é o foco da caravana do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). O projeto faz parte do levantamento que vem sendo realizado pela instituição desde o ano de 2005. Desta vez, o foco da pesquisa é o atendimento à saúde da família nas unidades básicas de saúde.

O presidente do Cremepe, Mário Fernando Lins, detalha o objetivo da iniciativa. “Nesse ano de 2019 nós estamos dando foco nas estratégias de saúde da família, nas unidades básicas de saúde e nós queremos saber onde os recursos estão sendo aplicados”, disse.

Além da coleta de dados em todas as 12 gerências regionais de saúde espalhadas pelo Estado, a caravana vai realizar atendimento médico em cada uma das cidades visitadas. Os municípios com pior investimento por cidadão e maior variação negativa no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) vão ser o principal alvo do trabalho dos agentes de saúde.

O presidente do Cremepe explica que no ano passado, o Governo Federal disponibilizou R$ 130 bilhões para a saúde pública, mas apenas R$ 118 bilhões foram de fato revertidos para a área.

Mário Fernando critica a falta de gestão e comenta como o levantamento contribui para a solução do problema. “O SUS necessita de recursos, mas também de gestão. Quando você tem um recurso pouco e que é mal utilizado isso é preocupante. Quantas pessoas deixaram de ser atendidas pela falta desses R$ 22 bilhões?”, questionou o presidente do Cremepe.

Confira os detalhes na reportagem de Beatriz Albuquerque:

Metodologia da caravana

A pesquisa das caravanas vai ser o foco da gestão da Cremepe pelos próximos 5 anos. No final de cada dia de avaliação, os resultados vão ser compilados a um relatório geral. No final da gestão, um documento vai ser encaminhado para o Ministério Público, a Secretaria de Saúde do Estado e ao Governo Federal.