
A dona de casa Karine Barbosa de Souza denunciou o Hospital da Mulher do Recife, localizado no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife. A mulher alega que ficou com dificuldades para andar depois do parto da segunda filha, há 22 dias. Durante uma intervenção médica, as dores nas pernas e lombar aumentaram e ela percebeu que algo estava errado.
“Eu comecei a sentir muita dor na região pélvica, nas minhas pernas e na minha lombar. Comecei a reclamar da posição que eu estava sentada, com as pernas levantadas. Minha obstetra disse que essa dor ia passar quando minha filha nascesse”, disse.
Mesmo sem fazer exames para identificar o motivo, Karine recebeu alta do hospital três dias após o parto. Ela disse que o médico do plantão no dia da alta, deu apenas uma medicação para aliviar as dores e a mandou para casa. “Não fizeram nenhum exame em mim. Eu estava sentindo muita dor e só me deram dipirona”, afirmou.
Após onze dias, Karine voltou ao hospital para realizar os exames. No primeiro, foi detectado um edema na coluna. Na semana seguinte, mais exames e foi confirmado uma fratura no osso da coluna. Para o marido de Karine, o jornalista Jamerson Ramos do Nascimento, houve descaso por parte do hospital durante o atendimento da esposa.
Ele acredita que tudo foi fruto de uma violência obstétrica. “O maior problema é o descaso que aconteceu com a minha esposa, porque foram necessárias duas voltas para o Hospital da Mulher para eles descobrirem a fratura no osso sacral causada no próprio parto, no âmbito do hospital”, expôs.
Resposta
Em nota, o Hospital da Mulher informou que está avaliando o caso junto a Secretaria de Saúde do Recife e que até o momento não é possível relacionar o quadro clínico da paciente com o parto. A nota diz ainda que o parto natural da jovem ocorreu sem intercorrências no dia 8 de agosto, e ela só teve alta no dia 12 por ter sido avaliada com boas condições clínicas. Ainda segundo o comunicado, a paciente está recebendo todo atendimento médico para verificar se existe algum fator pré-existente que justifique o quadro.
Confira reportagem de Lilian Fonseca: