Ação

Vigilância Sanitária fiscaliza alimentos vendidos nas praias do Recife

Segundo a Visa Recife, não é permitida a manipulação de produtos de origem caseira, como picolés, espetinhos, sucos e até de frutas

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 12/10/2019 às 12:40
Diego Nigro/Acevo JC Imagem
FOTO: Diego Nigro/Acevo JC Imagem

Neste fim de semana, inspetores da Vigilância Sanitária (Visa), da Prefeitura do Recife, circulam na orla da praia dos bairros de Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa para realizar ações educativas e de fiscalização da qualidade dos alimentos comercializados nestes locais.

De acordo com a Visa recife, não é permitida a manipulação de produtos de origem caseira, como picolés, espetinhos, sucos e até de frutas. Segundo a gerente da Vigilância Sanitária do Recife, Daniele Feitosa, a orientação é de que os alimentos comercializados sejam trazidos já prontos e acondicionados em temperatura e condições de higiene adequadas.

"Na realidade, o alimento pode ser comercializado na praia, no parque, desde que ele esteja sem oferecer risco à população. O que não pode fazer na orla é manipular. É você chegar lá e fazer uma salada de frutas fazer na hora, fritar um peixe, porque você não tem uma estrutura adequada para fazer a limpeza, a desinfecção de verduras, por exemplo. Você não tem uma pia, não tem água corrente, potável, para fazer. Então todo e qualquer alimento pode ser vendido na praia desde que ele mantenha as condições de armazenamento e temperatura adequada", afirmou.

Depois das ações, os comerciantes cadastrados devem receber um curso de capacitação na área.

"Se a gente chega naquelas barracas padronizadas, e a gente sacos de gelo sem o selo de inspeção, a gente faz a apreensão desse gelo. Se a gente observa que tá havendo algum tipo de manipulação de alimento, também pede pra suspender a manipulação e a gente vai fazer uma capacitação para os comerciantes e ambulantes. Depois do cadastro com a Dircon, vamos ver quantos ambulantes circulam naquela orla, que tipo de alimento eles vendem e fazer uma capacitação em relação a boas práticas na produção de alimentos."

Este período foi escolhido para as fiscalizações porque é quando ocorre o aumento da circulação de pessoas nas praias e, consequentemente, há um maior número de oferta e consumo de comidas na área, podendo haver mais ocorrências da doença diarreica aguda. Em 2018, foram notificados mais de 17 mil casos de doenças diarreicas agudas de residentes no Recife - 12% a mais que em 2017, quando foram registrados cerca de 15 mil casos.

Na capital pernambucana, a monitorização das doenças diarreicas agudas é realizada por 26 unidades de saúde sentinelas, distribuídas nos oito distritos sanitários. Os dados não representam o total de atendimentos na cidade, mas são importantes para detectar, precocemente, mudanças no comportamento das doenças diarreicas agudas nas áreas monitoradas.