PROBLEMA

Comerciantes relatam queda nas vendas após obra em avenida de Olinda

Segundo Anderson Araújo, a falta de sinalização na Fagundes Varela tem feito os motoristas seguirem por outras rotas

LOURENÇO GADÊLHA
LOURENÇO GADÊLHA
Publicado em 30/10/2019 às 10:43
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

Moradores e comerciantes de Olinda participaram, nessa terça-feira (29), de uma audiência promovida na Câmara Municipal referente às obras no Canal do Fragoso, que estão acontecendo na Avenida Fagundes Varela. No dia 11 de outubro, o trabalho recomeçou com a demolição do canal da Fagundes Varela. Por causa do serviço, parte da avenida ficou interditada e acabou afetando os comerciantes, que relataram queda nas vendas, e os moradores, que sentiram dificuldades para acessar as moradias.

Representando os comerciantes da localidade, Anderson Araújo, comentou quais foram as solicitações feita na audiência pública. “A via já foi liberada a uma semana, porém, está faltando sinalização na parte do trânsito. Muitos moradores não sabem para onde trafegar. Eles ficam entrando nas ruas paralelas e deixam de passar na frente do comércio, onde a renda dos comerciantes foi afetada em 70%. A gente pediu mais fiscalização, mais orientação do trânsito e uma reeducação para que voltem a utilizar a Avenida Fagundes Varela, já que ela está liberada junto com a Rua Olímpio Magalhães, para que o comércio volte a ter o seu fluxo de clientes como antes”, solicitou Anderson ao Poder Público de Olinda.

Ainda segundo Anderson, não há questionamento em relação a importância da obra, mas a falta de sinalização tem sido a principal dificuldade para os comerciantes. “A obra é de bom tamanho e vai beneficiar muitos olindenses, além de não está impedindo nada. O problema é a sinalização para os moradores saírem de casa com seus veículos e passar na frente do comércio, como faziam antes. Agora, sem sinalização, as pessoas saem de casa sem saber para onde vai”, criticou.

Já o diretor de trânsito de Olinda, Flávio Ramos, garantiu que vai buscar o melhor caminho para solucionar o problema relatado pelos comerciantes e moradores. “A Rua Olímpio Magalhães, que é onde os eles estão questionando a liberação, não foi totalmente liberada pela obra, pois existe um tráfego intenso de máquinas que ainda adentram a obra. Portanto, na audiência pública de ontem, nós entramos em um acordo, onde eles fizeram alguns projetos. Vamos sentar junto com a nossa engenharia para analisar a possibilidade da liberação, que só pode acontecer com anuência dos gestores da obra. Estamos dispostos a todo e qualquer esforço dentro da legalidade e da possibilidade para beneficiar tanto os condutores, quantos os moradores e comerciantes”, explicou.

De acordo com a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Ceab), o prazo para conclusão da construção da ponte e de parte do trecho do Canal do Fragoso é até fevereiro de 2020.

Confira a reportagem de Juliana Oliveira: