O fim de semana foi de calor e de praia para milhares de pernambucanos. Apesar do receio causado pelas manchas de óleo que atingiram o litoral, os banhistas entraram na água. Esse final de semana foi o primeiro após a liberação oficial do Governo do Estado de Pernambuco nos locais afetados e os banhistas estavam tranquilos para mergulhar.
Segundo o balanço realizado pelo Ibama, apenas 166 das 442 localidades atingidas estão limpas. Para reforçar a remoção do óleo e ampliar o monitoramento dos manguezais, estuários e da parte externa dos arrecifes, 700 fuzileiros desembarcaram no domingo (10), no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho.
Estudos
As amostras foram colhidas nos dias 24, 26 e 31 de outubro e passaram por duas baterias de análise. Os laboratórios analisaram o material colhido no litoral dos municípios de São José da Coroa Grande (foz do Rio Persinunga), Tamandaré (Boca da Barra, Carneiros e Tamandaré), Ipojuca (Maracaípe e Muro Alto), Cabo de Santo Agostinho (Suape, Gaibu, Itapuama, Paiva), Jaboatão dos Guararapes (Barra de Jangada), Paulista (Janga e Pau Amarelo), Goiana (Itapessoca) e Ilha de Itamaracá (Jaguaribe e Forte Orange).
O estudo envolveu a análise de 21 compostos da cadeia de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (tidos como HPAs) e o grupo conhecido por BTEX (Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xileno). O Itep avaliou todo este conjunto de substâncias para as amostras de águas colhidas no dia 31 e apenas do BTEX para o material recolhido no dia 26. Em ambos os casos, os níveis desses compostos são tão baixos que os equipamentos não conseguiram detectar. Isso se deve a dois fatores: tempo de exposição do material no ambiente e a hidrodinâmica das marés.
O resultado das análises de águas das praias atingidas foi divulgado na sexta-feira (8) pelo Governo de Pernambuco.