VERÃO

Governo libera e pernambucanos voltam a frequentar praias

O Governo de Pernambuco liberou o banho de mar nas praias que foram afetadas pelas manchas de óleo

LOURENÇO GADÊLHA
LOURENÇO GADÊLHA
Publicado em 11/11/2019 às 10:37
Day Santos / JC Imagem
FOTO: Day Santos / JC Imagem

O fim de semana foi de calor e de praia para milhares de pernambucanos. Apesar do receio causado pelas manchas de óleo que atingiram o litoral, os banhistas entraram na água. Esse final de semana foi o primeiro após a liberação oficial do Governo do Estado de Pernambuco nos locais afetados e os banhistas estavam tranquilos para mergulhar.

Segundo o balanço realizado pelo Ibama, apenas 166 das 442 localidades atingidas estão limpas. Para reforçar a remoção do óleo e ampliar o monitoramento dos manguezais, estuários e da parte externa dos arrecifes, 700 fuzileiros desembarcaram no domingo (10), no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho.

Estudos

Os estudos, realizados pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) em parceria com outras instituições, não detectaram presença de hidrocarbonetos, compostos orgânicos encontrados no petróleo e que, em grandes concentrações, podem causar danos à saúde.

As amostras foram colhidas nos dias 24, 26 e 31 de outubro e passaram por duas baterias de análise. Os laboratórios analisaram o material colhido no litoral dos municípios de São José da Coroa Grande (foz do Rio Persinunga), Tamandaré (Boca da Barra, Carneiros e Tamandaré), Ipojuca (Maracaípe e Muro Alto), Cabo de Santo Agostinho (Suape, Gaibu, Itapuama, Paiva), Jaboatão dos Guararapes (Barra de Jangada), Paulista (Janga e Pau Amarelo), Goiana (Itapessoca) e Ilha de Itamaracá (Jaguaribe e Forte Orange).

O estudo envolveu a análise de 21 compostos da cadeia de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (tidos como HPAs) e o grupo conhecido por BTEX (Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xileno). O Itep avaliou todo este conjunto de substâncias para as amostras de águas colhidas no dia 31 e apenas do BTEX para o material recolhido no dia 26. Em ambos os casos, os níveis desses compostos são tão baixos que os equipamentos não conseguiram detectar. Isso se deve a dois fatores: tempo de exposição do material no ambiente e a hidrodinâmica das marés.

O resultado das análises de águas das praias atingidas foi divulgado na sexta-feira (8) pelo Governo de Pernambuco.