Geração de pesquisas, desenvolvimento de novas técnicas de tratamento em oncologia e serviços de coleta e armazenamento de material molecular de tumores. Todas essas funções fazem parte de uma iniciativa pioneira em Pernambuco: o Biobanco do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). Inaugurado nesta sexta-feira, o acervo armazena amostras biológicas de pacientes com câncer.
A diretora de pesquisa do IMIP, Leuridan Torres, explica que os materiais e informações são devidamente protegidos e organizados.
De acordo ainda com Leuridan Torres, o uso do Biobanco pode acelerar, em até três anos, as pesquisas sobre o desenvolvimento de tratamentos de tumores. “A etapa mais difícil de um projeto é a inclusão dos pacientes, a coleta de material biológico e de dados. Isso leva, dependendo do número de pacientes que for projetado, pode levar em torno de dois a três anos. No caso nosso, essa etapa já vai ser eliminada para o pesquisador”, explicou.
A diretora de pesquisa destaca também que a coleta e a utilização dos materiais são feitas apenas com autorização dos doadores. “O paciente pode demonstrar para o seu médico o interesse de ser um doador”, comentou.
Referência
Além de beneficiar a população carente do Estado, pesquisadores da área da saúde e a comunidade de um modo geral, o Biobanco consolida o Imip como centro de referência em pesquisa, diagnóstico e tratamento de doenças oncológicas.
O instituto faz parte da rede oncológica de Pernambuco e é o único hospital habilitado no estado como Centro de Assistência em Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). O Imip realiza, em média, cerca de 30 mil quimioterapias por ano.