Equipes da Defesa Civil e da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) estão, nesta quinta-feira (26), no Córrego do Morcego, em Dois Unidos, Zona Norte do Recife, para dar andamento às investigações no local depois da tragédia que aconteceu na madrugada da última terça-feira (24), quando um cano estourou e causou um deslizamento de barreira em cima de duas casas. Sete pessoas morreram após o acidente.
- Vítimas de deslizamento de barreira são sepultadas no dia de Natal
- Laudos indicando causa do deslizamento de barreira em Dois Unidos devem ficar prontos em 15 dias
- Número de mortos em deslizamento de barreira no Recife sobe para sete
- Deslizamento de barreira deixa 5 mortos e Bombeiros buscam 2 desaparecidas
Uma casa ficou totalmente destruída. Ela tinha sete pessoas e quatro morreram. Três foram socorridas e já saíram do hospital. A outra casa ficou parcialmente destruída, mas Emanuel Henrique de França, de 25 anos, Érica Virgínia, 19, Érick Júnior, dois meses, morreram.
Segundo Stefanie, irmã de Emanuel, os órgãos governamentais garantiram que o local não tinha risco de acidente. "Desde a primeira vez que aconteceu, todos os órgãos disseram que a gente estava seguro, tanto que deixaram a gente voltar a morar no mesmo lugar", disse.
Ainda de acordo com Stefanie, a Compesa e a Defesa Civil já procurou a família para dar apoio, no entanto, ela pede justiça. "A gente quer resposta e justiça, porque não foi um acidente. Tem outro cano mestre da Compesa que passa desde onde a barreira caiu até atrás da casa do meu tio. Já falamos com a Compesa e eles estão ciente disso. A gente está com muito medo de morar aqui agora", lamentou.
Ação
Desde a madrugada da última terça que os trabalham continuam no Córrego do Morcego. Até agora, foram 16 caminhões que já retiraram 200 toneladas de entulho. De acordo com os moradores, até a tarde dessa quarta-feira (25), os caminhões estavam fazendo a retirada. Nesta quinta-feira (26), o serviço ainda não recomeçou.
O governo do Estado vai se reunir às 14h com a Compesa e a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos para analisar o que de fato aconteceu e apresentar um plano. A expectativa é que em até sete dias a Compesa apresente um laudo.
Deslizamento deixa sete pessoas mortas
Ouça o flash de Juliana Oliveira: