JUSTIÇA

Júri de acusados de matar criança em possível ritual satânico é adiado pela 3ª vez

Flânio da Silva Macedo, de 9 anos, foi morto em 2012 com sinais de tortura e violência sexual em Brejo da Madre de Deus, no Agreste do Estado

LOURENÇO GADÊLHA
LOURENÇO GADÊLHA
Publicado em 23/01/2020 às 14:47
Reprodução/Internet
FOTO: Reprodução/Internet

A justiça adiou, pela terceira vez, o julgamento dos quatro acusados de matar uma criança de 9 anos em um suposto ritual satânico no município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco. O garoto Flânio Silva Macedo foi morto em 2012 com sinais de tortura e violência sexual. O julgamento estava marcado para acontecer nesta quinta-feira (23), na 4ª Vara do Júri, no Fórum Thomaz de Aquino, na Área Central do Recife. No entanto, acabou sendo remarcado porque uma defensora pública faltou a sessão. O novo julgamento foi marcado para o dia 27 de fevereiro.

Os pais e outros parentes da criança vieram da cidade de Brejo da Madre de Deus, no Agreste, para acompanhar o júri. Eles aguardavam o começo da audiência quando foram informados pelo juiz Abner Apolinário sobre o adiamento da sessão. "Por conta de erro da equipe não foi feito o chamamento da Defensoria Pública e, por isso, não poderia haver esse julgamento", disse o juiz.

No plenário do júri, os parentes questionaram a decisão do juiz e foram convidados a sair da sala. A mãe da criança, Luzinete Amara da Silva, ficou abalada e lamentou o ocorrido."A gente arrumou um carro da prefeitura, perdemos um dia de serviço e vem aqui para fazer a gente de palhaço. Não somos palhaços não", reclamou.

Relembre o caso

O corpo de Flânio Silva Macedo foi encontrado oito dias após a morte, em estado de decomposição, em um matagal na Zona Rural de Brejo da Madre de Deus. O menino estava sem roupa, com sinais de tortura e violência sexual. Os acusados Genival Rafael da Costa, Maria Edleuza da Silva, Ednaldo Justos dos Santos e Edilson da Costa Silva são apontados pela polícia de participação no crime.

Defesa

O advogado de dois dos acusados, Washington Cadete, esteve hoje no fórum e alega que os dois clientes são inocentes. "Nós lamentamos a morte que realmente ocorreu. Mas eles, no dia do fato, estavam nas suas atividades habituais, inclusive, foram vistos por diversas outras pessoas, que foram ouvidas e confirmaram que visualizaram eles durante o dia-a-dia na cidade", concluiu.