VENEZUELANOS

Defensoria Pública do Estado cobra medidas da Prefeitura sobre a situação dos venezuelanos

No caso da PCR não acatar a solicitação, órgãos públicos adotarão procedimentos judiciais para evitar que a crise se alastre

Rádio Jornal
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Publicado em 24/01/2020 às 21:04
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

Em entrevista ao programa Balanço de Notícias desta sexta (24), o defensor público André Carneiro Leão, falou sobre a carta de recomendação que vai ser publicada no Diário Oficial deste sábado (25), visando solucionar a situação dos venezuelanos que vivem na capital pernambucana. O documento, destinado a Prefeitura do Recife, busca alertar a situação de vulnerabilidade social em que os migrantes da Etnia Warao enfrentam na cidade.

"Existem dois grupos hoje aqui na região, um na Rua da Glória e outro na Rua de Santa Cruz, e esse grupo de pessoas que está na Rua da Glória com uma ordem de despejo, pra sair do local em que estão, no próximo dia 31 de janeiro, vão se encontrar efetivamente em situação de rua. E existe outro grupo que ocupa hoje o imóvel pertencente à igreja católica, mas que está condenado pela Defesa Civil. Os agentes informaram que lá existe uma situação grave, com risco de desabamento", destacou André.

Ouça a entrevista:

Na carta, a Defensoria Pública de Pernambuco e a Defensoria Pública da União recomendam à Prefeitura do Recife, a adoção de medidas emergenciais no sentido de auxílio aos venezuelanos que vivem no bairro da Boa Vista, a fim de que seja providenciado apoio, por meio de aluguel de um imóvel seguro e adequado, pelo abrigamento em local destinado para situações de calamidade, ou por meio de concessão de benefício assistencial, evitando o aumento da situação de alto risco.

"Nós tentamos um contato e uma solução mais rápida através do comitê de migrantes aqui do Estado, mas infelizmente não encontramos essa solução por parte da prefeitura nas últimas reuniões. Então diante dessa situação, nós recebemos a demanda, atendemos esses cidadãos na defensoria, eles alertaram para esses problemas, e nós, oficialmente recomendamos ao senhor prefeito que providencie abrigo adequado e seguro para esses cidadãos", finalizou o defensor.

Os órgãos solicitam que, no prazo de 5 dias úteis, tendo em vista a urgência da situação, a prefeitura informe sobre o acatamento ou não da recomendação.