Treze dias após a colisão entre duas composições do metrô do Recife, na Estação Ipiranga, uma das vítimas ainda sente os efeitos do acidente e sente muitas dores. Lucas Cícero, de 18 anos, disse que não tem recebido nenhum apoio por parte da CBTU.
O jovem é auxiliar de elétrica da construção civil e conta que mesmo sem ter condições financeiras, precisou gastar dinheiro com colar cervical e com remédios para amenizar as fortes dores. "Eu espero pelo menos ser ressarcido com relação ao que eu gastei com remédio. Uma caixa de remédio que eu comprei foi R$ 60 e também comprei um colar cervical", disse.
Segundo o jovem, ele está enfrentando problemas psicológicos para usar o metrô, modal que ele precisa utilizar diariamente. "Eu fiquei com um pouco de medo. Quando chega na estação me dá um pouco de medo, um frio na barriga, uma tremedeira", relatou.
CBTU
Em resposta, a CBTU informou que Lucas Cícero Santos da Silva consta nos registros de pessoas acidentadas no dia 18 de fevereiro de 2020 e que ele, que já entrou em contato com o órgão, deve aguardar o retorno do setor responsável para que as necessidades dele e de outras vítimas possam ser avaliadas e cumpridas.
O Acidente
O acidente aconteceu por volta das 5h30, no dia 18 de fevereiro de 2020, na Estação Ipiranga, no bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife. Duas composições da Linha Centro se chocaram.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), pelo menos 64 pessoas deram entradas em unidades de saúde após a colisão dos trens.
Com a Linha Centro do metrô paralisada, 250 mil usuários ficaram sem o modal no dia do acidente. O serviço só foi normalizado 14 horas depois.