Rodoviários da Caxangá realizam um protesto na manhã desta quarta-feira (4) em frente à garagem da empresa, no bairro de Peixinhos, em Olinda. O motivo é da manifestação é que a categoria é contra a desmobilização da função de cobrador.
Por causa do ato, nenhum ônibus saiu da garagem pela manhã. Segundo os manifestantes, um comunicado interno da empresa informou que, desde o último dia 29 fevereiro, os cobradores de várias linhas de ônibus foram retirados. A Caxangá opera com 38 linhas na área norte do Recife e em Olinda.
Ainda de acordo com a categoria, os cobradores dessas linhas foram mandados para casa, por não ter funções a ser desempenhadas.
Confira a reportagem de Juliana Oliveira no local:
Confira a lista das linhas que tiveram os cobradores retirados:
726 e 780 - Alto Santa Terezinha (Derby, Conde da Boa Vista)
713 - Bomba do Hemetério
714 e 743 - Alto José Bonifácio (Norte e João de Barros)
700 - Beberibe/Afogados
711 - Alto do Pascoal
821, 822, 823, 824 - Jardim Brasil 1 e 2 Belém e Cabugá
886- Ouro Preto /Rio Doce
Essas linhas a partir de hoje dia 29/02 começaram a operar sem os cobradores.
Resposta da Urbana-PE
Sobre o caso, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) declarou que não houve demissões de cobradores. Confira a íntegra da nota da empresa:
A Urbana-PE reitera que não houve demissões de cobradores motivadas pelo alteração no procedimento de embarque e que tem havido um esforço das empresas para capacitar os profissionais para serem aproveitados como motorista ou em outras funções. A mudança tem ocorrido segundo definição do órgão gestor, e consentimento do próprio Sindicato dos Rodoviários, conforme convenção coletiva da categoria, e dos operadores. Impasse entre rodoviários e Urbana-PE Em fevereiro, motoristas e cobradores de ônibus realizaram um protesto na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Derby, na área Central do Recife. Na ocasião, a categoria estacionou os ônibus na faixa da direita da via, em um ato também contra a dupla função, que é quando o motorista dirige e recebe o dinheiro da passagem, e contra a demissão dos cobradores. O impasse entre a categoria e a Urbana-PE não é de hoje. De um lado, os rodoviários afirmam que estão ocorrendo demissões e se mobilizam em protestos - foram seis até dezembro de 2019. Do outro, a Urbana-PE declara que não estão demitindo os funcionários e que o acúmulo de funções foi acordado em convenção coletiva.