GOLPE

Polícia investiga suposto corretor que estaria vendendo o mesmo imóvel a várias pessoas

Uma das vítimas revelou ter comprado dois apartamentos ao corretor, mas só conseguiu ocupar um imóvel

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 05/03/2020 às 14:17
Reprodução/Google Street Views
FOTO: Reprodução/Google Street Views

O Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais investiga um suposto corretor de imóveis que teria vendido o mesmo imóvel a duas mulheres no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife.

Uma das vítimas, que prefere não se identificar, diz que ficou sabendo da venda do apartamento por meio de um anúncio em uma placa que estava instalada perto do imóvel. “Visitei o local (...) Sendo que o apartamento que eu ia ficar era o de cima e ele me mostrou o de baixo. Ele falou que o local era semelhante e aí eu fechei o negócio”, disse.

A mulher contou que a compra do imóvel teria acontecido em maio do ano passado e que ela teria pago ao suposto corretor de imóveis R$ 70 mil pelo apartamento. No entanto, após o pagamento, ela afirma que recebeu a informação de que só em 2020 poderia ocupar o imóvel pois outra pessoa estaria morando no local.

A vítima conta ainda que ficou recebendo do corretor um valor para que ela ficasse pagando um aluguel até que a unidade fosse desocupada. “Ele depositando R$ 650 de aluguel, nunca me deixava ir no apartamento, dizendo que sempre tinha um morador no apartamento e que eu não precisava me preocupar porque ele cuidava de tudo”, disse.

Ela disse que só tentou ir ao local e cobrar explicações quando o aluguel pago pelo suposto corretor atrasou. “Quando eu descobri, uma senhora lá no meu apartamento [o que eu havia comprado] porque também já tinha comprado outro apartamento no mesmo condomínio e o apartamento dela estava ocupado por outra pessoa”, revelou.

Outra vítima

Uma outra vítima, que também pediu para ter a identidade preservada, diz que também no ano passado comprou à vista dois apartamentos no mesmo prédio. Ela teria pago ao mesmo corretor um valor de R$ 100 mil.

A moradora disse que conseguiu ocupar uma das unidades, mas não teve a mesma sorte com outro apartamento. “Descobri que já tinha sido vendido a outra pessoa. Eu estou passada porque é a minha vida toda de trabalho e eu nunca queria estar passando por isso”, desabafou.