A campanha do Março Lilás é marcada por lembrar a prevenção ao câncer de colo do útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), este ano, o país deve ter mais de 16.500 novos casos da doença.
A coordenadora da Oncologia Adulto do IMIP, Jurema Telles, fala sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de colo do útero. “É um câncer que nem precisava mais existir porque é considerado 100% prevenível com os recursos que a gente tem, que é o preventivo, a vacinação das nossas adolescentes e ele passa um tempo de três, cinco até dez anos para se transformar de uma inflamação por HPV para um câncer invasivo”, apontou.
A oncologista reforça a eficácia da vacina do HPV. “É uma vacina segura que já zerou câncer de colo do útero na Austrália. Ela não só previsse o câncer de colo de útero, como sete tipos de câncer. Tem locais aqui em Pernambuco que tem menos de 20% da cobertura vacinal que deveria ter”, lembrou.
De acordo com a especialista, o exame preventivo deve ser iniciado a partir dos 25 anos e seguir até os 65 anos. “A princípio, anualmente, depois que você passar em dois testes pode fazer a cada três anos e se você estiver grávida deve fazer no pré-natal. Se você estiver algum sintoma, algum desconforto como corrimento ou sangramento deve procurar um ginecologista para investigar essa queixa”, alertou.
O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico. Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia.
Sintomas
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
Diagnóstico
Para realizar o diagnóstico do câncer de colo do útero podem ser feitos os seguintes exames:
- Exame pélvico e história clínica: exame da vagina, colo do útero, útero, ovário e reto através de avaliação com espéculo, Papanicolau, toque vaginal e toque retal.
- Exame Preventivo (Papanicolau)
- Colposcopia – exame que permite visualizar a vagina e o colo de útero com um aparelho chamado colposcópio, capaz de detectar lesões anormais nessas regiões
- Biópsia – se células anormais são detectadas no exame preventivo (Papanicolau), é necessário realizar uma biópsia, com a retirada de pequena amostra de tecido para análise no microscópio.