Violência

Turista francês é morto a tiros em tentativa de assalto em Olinda

Crime aconteceu no bairro do Amparo, no Sítio Histórico da cidade

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 26/03/2020 às 7:03
Google Street View
FOTO: Google Street View

Um francês foi morto a tiros em uma tentativa de assalto na tarde de quarta-feira (26), em Olinda, Região Metropolitana do Recife. O crime aconteceu na Rua Coronel Joaquim Cavalcanti, no bairro do Amparo, no Sítio Histórico de Olinda.

O antropólogo francês Stefane Charpentier, de 64 anos, estava em um carro de aplicativo com a esposa quando um homem e uma mulher anunciaram o assalto.

De acordo com a polícia, o casal de franceses tinha acabado de sair de um hotel em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, onde estava hospedado desde o último final de semana, quando chegaram da França.

Eles foram fazer compras e pararam no caminho para sacar um dinheiro em um banco. Em seguida, foram até a casa da sogra de Stefane, a artista plástica e também francesa Marianne Peretti, moradora de Olinda há muitos anos. Na chegada ao local, o assalto aconteceu em frente à residência.

Ainda segundo a polícia, o estrangeiro demorou a entregar os pertences e foi atingido por dois tiros no abdômen. O francês ainda foi levado para o Hospital Tricentenário, mas não resistiu aos ferimentos.

“A esposa da vítima viu ele se negando a entregar uma bolsa que estava segurando. Ele não chegou a sair do carro, foi baleado dentro, com dois tiros na área da barriga”, afirmou o delegado Adyr Almeida.

Muito abalada, a esposa da vítima prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Revoltado com o crime, Evandro Aguiar, advogado e amigo da família, desabafou.

“Cidadão francês que vem para cá morre desgraçadamente, sem saber nem o que estava fazendo. Sem falar a língua direito, sem saber nada. É uma hora dessas que a gente tem que estar presente.”

Segundo o perito Bergson Fernandes, do Instituto de Criminalística, foram coletadas amostras que podem ajudar nas investigações.

“Nós podemos encontrar, por exemplo, o gotejamento de sangue, o que foi evidenciado também no local, outros projéteis que venham a estar no veículo. Câmeras de segurança também serão analisadas. Nós coletamos amostras para exames de DNA. Se aparecer algum suspeito, poderemos comparar com as amostras que a gente colocou”, afirmou.

Ouça a reportagem de Manu Lima: