LUTO

Morre Aldir Blanc, compositor de clássicos como O Bêbado e a Equilibrista

Aldir Blanc, 73 anos, havia sido diagnosticado com a covid-19 no dia 22 de abril

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 04/05/2020 às 9:15
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O compositor e escritor Aldir Blanc faleceu nesta segunda-feira (4), aos 73 anos, no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, vítima da covid-19. Ele havia sido diagnosticado no dia 22 de abril e estava internado desde o dia 10 de abril com problemas respiratórios e infecção urinária.

Aldir Blanc foi compositor de clássicos como O Bêbado e a Equilibrista, Bala com Bala, Mestre-sala dos Mares, De Frente pro Crime e Dois pra Lá, Dois pra Cá. Feita em parceria com João Bosco, O Bêbado e a Equilibrista ficou eternizada na voz de Elis Regina.

História

Aldir Blanc Mendes é um compositor e escritor brasileiro. Em 1966, ingressou na Faculdade de Medicina, especializando-se em Psiquiatria. Em 1973, abandonou a Medicina, passando a se dedicar exclusivamente à música.

Notabilizou-se como letrista a partir de suas parcerias com João Bosco, criando músicas como Bala com Bala, O Mestre-Sala dos Mares, De Frente Pro Crime e Caça à Raposa.

Uma de suas canções mais conhecidas, em parceria com João Bosco, é O Bêbado e a Equilibrista, lançada em 1979, que se tornou um hino contra a ditadura militar, também tendo sido gravada por Elis Regina. Em um de seus versos, "sonha com a volta do irmão do Henfil", faz-se referência ao cartunista Henrique de Sousa Filho, o qual na época tinha um irmão, o sociólogo Betinho, em exílio político no exterior.

Relembre o clássico na voz de Elis Regina:

Em 1968, compôs com Sílvio da Silva Júnior "A noite, a maré e o amor", música classificada no "III Festival Internacional da Canção". No ano seguinte, classificou mais três músicas no "II Festival Universitário da Música Popular Brasileira": "De esquina em esquina", interpretada por Clara Nunes; "Nada sei de eterno", defendida por Taiguara; e "Mirante", interpretada por Maria Creuza.