Um dos setores mais procurados durante a pandemia é de casas funerárias. No Recife, são aproximadamente 200 estabelecimentos, de acordo com o sindicato das empresas em Pernambuco. Todas elas sentiram de alguma maneira o impacto com o aumento do trabalho.
É um estabelecimento que fica no bairro de Santo Amaro, no centro do Recife, foi preciso contratar funcionários, como explicou o gerente Moab da Silva. “Tivemos que contratar mais três funcionários (...) De abril para cá aumentou cerca de 50% [a demanda]”, disse.
Em uma outra casa funerária em Santo Amaro, o número de contratos aumentou consideravelmente. De acordo com a gerente Juracy Oliveira, em um único dia, as equipes chegaram a levar até 18 corpos para serem enterrados. “Antes a gente tinha em média, por dia, cinco, ou quatro, tinha dia que não tinha nenhum. Hoje a gente tem todo dia”, contou.
O mês de abril foi o mais pesado, segundo o sindicato do setor. Em um único dia, por exemplo, foram feitos 52 enterros em apenas um cemitério. Mas, apesar disso, os empresários garantem que não houve colapso.
Aumento de enterros
No Recife, os de Santo Amaro e Parque das Flores abriram 2.556 vagas para sepultamentos. No entanto, sessenta dias após o primeiro caso, 70% das vagas já tinham sido ocupadas.
Em Olinda, de acordo a prefeitura, houve um aumento de 200% no número de enterros. No Morada da Paz, em Paulista, o aumento da demanda chegou a 164%. De acordo com a administração, desse total, 60% eram casos suspeitos da covid-19.