QUARENTENA

Comércio propôs reabertura gradual a partir da próxima semana em Pernambuco, diz diretor executivo da CDL

Fred Leal acredita que assim como vem sendo feito em outras capitais do país, já é o momento de Recife reabrir lentamente

LOURENÇO GADÊLHA
LOURENÇO GADÊLHA
Publicado em 28/05/2020 às 10:12
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FOTO: JC Imagem

Há mais de dois meses de portas fechadas, o setor de comércio de Pernambuco começa a preparar um plano de reabertura gradual. Em entrevista ao Passando a Limpo desta quinta-feira (28), o diretor executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Fred Leal, disse que reuniões vêm sendo realizadas com os sindicatos de lojas das capitais brasileiras, além do contato com o governo de Pernambuco, para viabilizar a reabertura do comércio local, que foi duramente atingido pela pandemia do novo coronavírus.

“A queda de vendas é um negócio avassalador. Quem está conseguindo se salvar no comércio eletrônico (internet), teve tendo uma queda de 70%. Os pequenos que não tinham estrutura para enfrentar isso, está com uma queda de 90% ou até mais. Estamos propondo ao governo de ter a partir da próxima semana uma abertura lenta e gradual com muito cuidado, como vem sendo feito em outras capitais do país”, disse.

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De acordo com Fred, existe uma consciência por parte dos lojistas que o consumidor não vai voltar rapidamente. Por isso, a abertura lenta e gradual seria importante para passar confiança à população.

“A gente tem ciência que o consumidor não vai voltar rapidamente. É por isso que a gente está imaginando que se abra lentamente para que haja essa consciência. Nós temos uma percepção que nós estamos passando por uma ampla educação no aspecto de higiene, de contato.. Então o próprio consumidor não está satisfatoriamente consciente, mas vai ter que estar e isso vai levar um tempo”, disse.

Ainda segundo Fred Leal, diversos setores montaram seu próprio plano de reabertura, que será unificado e entregue ao governo de Pernambuco e a prefeitura do Recife.

"Tem vários planos. Cada setor tem uma especificidade diferente. O comércio, a indústria, o setor de cana de açúcar, cada um apresentou o seu para que a gente unifique e entregue tudo ao governo. O processo de quarentena foi importante para rearrumar, mas acho que já é suficiente. Quem está sendo mais penalizado nisso aí é a periferia e a classe menos favorecida que realmente precisa ir para rua. Se ela precisa ir para rua, vamos tentar fazer de uma maneira consciente”, finalizou.

Ouça a entrevista na íntegra: