MOBILIDADE

Trabalhadores se queixam de falta de ônibus na Região Metropolitana do Recife

Mesmo com retorno gradual das atividades, ônibus continuam operando em horário reduzido

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 18/08/2020 às 15:24
Bruno Campos/TV Jornal
FOTO: Bruno Campos/TV Jornal

Atraso no horário, falta de coletivos e o perigo nas ruas. Esse são os percalços enfrentados por trabalhadores que precisam se deslocar até o trabalho ou voltar para casa. Com a volta ao horário de funcionamento normal dos centros dos shoppings, os funcionários passaram a encerrar o expediente mais tarde. No entanto, eles denunciam que o transporte público não tem atendido à classe, já que os coletivos ainda estão operando em horário reduzido.

A gerente de loja, Cláudia Lopes, conta a realidade enfrentada diariamente e afirma já ter procurado ajuda na associação dos lojistas. "As integrações estão fechadas às 22h20 e, às 22h10. Então, se a gente larga do shopping às 22h fica impossível conseguir chegar na integração e pegar um ônibus que leve você até sua residência", disse. Segundo ela, a associação dos lojistas informou que os shoppings enviaram um ofício para as empresas de ônibus solicitando mudança no funcionamento.

Natália Pontes é caixa de uma loja no mesmo shopping. Ela relata que os problemas no deslocamento já começam na ida até o centro de compras. Natália ainda diz que o perigo durante a espera pelos coletivos é grande e que existem funcionários do shopping se deslocando a pé para casa.

Resposta

Por meio de nota, o Grande Recife Consórcio de Transporte informou que, mesmo com a retomada de alguns setores da economia, a demanda pelas linhas da Região Metropolitana do Recife permanece em 50%. Em contrapartida, o consórcio ainda afirma que tem disponibilizado 70% da frota de ônibus, que esse cálculo é feito sempre com base na procura pelos coletivos e que fiscais e técnicos continuam acompanhando, diariamente, a programação e fazendo os devidos ajustes. De acordo com o Grande Recife, estão sendo reativadas linhas que haviam sido temporariamente desativadas por causa da queda no número de usuários transportados.