Política

JBS: delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista pode ser anulada e eles serem presos, afirma colunista

Eliane Cantanhêde afirmou na Rádio Jornal que PGR pediu ao STF para rever delação premiada dos irmãos 

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 24/08/2020 às 9:58
Foto: Lula Marques/AGPT
FOTO: Foto: Lula Marques/AGPT

Em sua participação no programa Passando a Limpo nesta segunda-feira (24), a colunista Eliane Cantanhêde afirmou que haverá uma atualização no caso de delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS, que pode ser anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após pedidos de três procuradores-gerais.

“Uma coisa importante, que é apuração minha, [é que] vai ter novidade na delação do Joesley e Wesley Batista este semestre, porque o Rodrigo Janot pediu para o Supremo rever, anular a delação deles, os benefícios e o prêmio da delação premiada. A Raquel Dodge, que sucedeu o Janot, também. E o próprio Augusto Aras já também. Os três procuradores-gerais pediram para anular a delação para os dois irmãos da JBS. Isso significa que pode ser revisto e que eles podem ir pra cadeia”, disse a colunista.

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Segundo a jornalista, o pagamento de R$ 9 milhões da JBS ao advogado Frederick Wassef entre 2014 e 2015 seria algo estranho.

“A gente sabe que, com o mensalão e o petrolão, se teve uma categoria que se deu bem foi a de advogados. Todo mundo ganhou muito dinheiro, com réus muito ricos e poderosos. Agora, R$ 9 milhões o contrato com Frederick Wassef? É um advogado que ninguém ouviu falar, advogado de terceiro time, que nunca teve causa importante nenhuma… eu falei com dois advogados que são dessa área. Ninguém sabia de contrato do Wassef com JBS. Essa história é mal contada, e a suspeita é que esse monte de dinheiro não é por trabalho advocatício, é por outro tipo de trabalho”, afirmou Cantanhêde.

Confira a entrevista na íntegra: