Uma criança de 11 anos, moradora do Recife, é o primeiro caso em Pernambuco de morte em decorrência da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, quadro que acomete crianças e adolescentes após infecção pela covid-19. A informação foi revelada pelo secretário Estadual de Saúde, André Longo, nesta terça-feira (25), durante coletiva de imprensa. Ao todo, o estado já confirmou nove casos da síndrome rara.
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“Atualmente, Pernambuco contabiliza nove casos desta síndrome, dos quais sete já evoluíram para alta, um está internado em enfermaria. Além disso, infelizmente, registramos a primeira notificação de um óbito de uma criança de 11 anos, residente do Recife, com diagnóstico da síndrome”, contou o secretário.
Segundo o secretário André Longo, os pacientes têm entre 4 e 13 anos e, do total de casos, quatro são do sexo masculino e cinco do sexo feminino. As crianças são de Joaquim Nabuco, Sirinhaém, Goiana, Limoeiro, Timbaúba, Flores e Recife, além de uma criança de Maragogi, em Alagoas, que foi assistida no Recife.
Covid-19 em crianças em Pernambuco
O secretário estadual de Saúde ainda revelou que os casos graves da covid-19 em crianças representam 2,5% do total de casos em todas as faixas etárias. Já os óbitos, apenas 0,6% do total.
“Ao todo, nós registramos, até agora, 647 casos graves na faixa etária até 14 anos, sendo 316 casos em crianças de até 1 ano, 227 casos de 2 a 9 anos e 104 casos de 10 a 14 anos. Com relação aos óbitos, foram 48: 26 na faixa etária até 1 anos, 18 entre crianças de 2 aos 9 anos e quatro em crianças de 10 a 14 anos”, detalhou André Longo.
Com relação à proporção de positividade da covid-19 para a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), a média em Pernambuco, desde o início da doença, está em 53% em todas as idades. Nas crianças, essa proporção é menor, de 26%.
“Esses dados coincidem com relatos e estudos consolidados, dentro e fora do Brasil, que apontam que apesar de serem igualmente propensas a se infectarem pela covid-19, as crianças representam menor risco de desenvolver a forma grave da doença. Mas é preciso reforçar sempre que ninguém está imune ao vírus e todos podem se tornar vítimas da doença, até crianças. Por isso, todos devem seguir as regras protocolares de educação sanitária hoje preconizadas. Devemos sempre lavar as mãos, adotar o distanciamento social e usar a máscara corretamente todas as vezes que sair de casa”, destacou o secretário.
Veja os detalhes na coletiva: