Operação

Prefeito e vice de Agrestina, em Pernambuco, são presos pela PF por suspeita de fraudes em licitação

A PF investiga os crimes de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro

Larissa Lira
Larissa Lira
Publicado em 10/09/2020 às 9:21
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FOTO: Reprodução/Whatsapp

Matéria atualizada às 12h25

Na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Federal (PF) deflagou a terceira fase da Operação Pescaria, no município de Agrestina, no Agreste de Pernambuco. O prefeito do município, Thiago Nunes (MDB), o seu vice, José Pedro da Silva, conhecido como Zito da Barra (PSDB), o secretário de Administração da prefeitura, Márcio Rodrigues, e mais dois empresários locais foram presos e levados ao município de Caruaru.

Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, treze mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, além de mandados de afastamento de funções públicas dos ocupantes de cargos na administração municipal de Agrestina, mandados de afastamento de sigilos bancário e fiscal dos investigados, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

"O esquema é o que sempre acontece em fraudes de licitações. São empresas direcionadas para ganhar o processo liciatório,mas que não possuem condições de entregar determinado produto ou condições técnicas de executar os serviços. Em Agrestina, criaram uma conta laranja, onde eram depositados os devios. O dinheiro era retirado em cheque, em grandes e pequenas quantias para driblar a fiscalização da Polícia", explicou o chefe de comunicação da Policia Federal.

Suspeitas de fraude em licitações

O prefeito e o vice de Agrestina já haviam sido afastados dos cargos. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) cassou a chapa por abuso de poder político decorrente de contratações ilícitas. No entanto, os gestores municipais voltaram para a prefeitura após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na Operação Pescaria 3, são investigados os crimes de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Segundo a Polícia, as vantagens ilícitas eram obtidas por meio da contratação fraudulenta de empresa de "fachada". Desse modo, não havia o caráter competitivo processo licitatório.