Nesta segunda-feira (14), às 8h40, estreou o quadro Corrida Eleitoral, na Rádio Jornal, com o cientista político Antonio Lavareda e Geraldo Freire, o Comunicador da Maioria. Na primeira conversa, a importância das eleições municipais neste ano de pandemia, a influência que ela terá nas urnas em 2022 e o cenário político em Pernambuco foram alguns dos temas discutidos.
Eleições durante a pandemia
Segundo Lavareda, as eleições municipais deste ano serão uma das mais importantes após a redemocratização, que ocorreu em 1985.
"A pandemia deprimiu a economia do país, por isso quem entrar nessas eleições vai encontrar um cenário, no ponto de vista financeiro, de terra arrasada. Assim, será exigido dos novos prefeitos e vereadores o máximo de criatividade e capacidade de articulação com os governos estaduais e federais, além dos municípios, com consórcio e outras estratégias de cooperação", explicou.
Influência de Bolsonaro
Outro assunto debatido no 'Corrida Eleitoral' foi a influência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições municipais de 2020. Para o cientista, o bolsonarismo, que emergiu com força em 2018, é um fato que veio para ficar.
"O bolsonarismo, além da liderança pessoal do presidente, é um movimento político enraizado mais à direita do espectro. Ou seja, um movimento que surge da extrema direita do quadro político-ideológico, mas que veio para ficar porque tem um apoio real e consistente em segmentos importantes da população. E agora, a partir de maio/junho, ganhou mais capacidade de governabilidade a partir da aliança com o Centrão", detalhou.
Segundo ele, essas eleições são o momento de enraizar a força política do bolsonarismo nos municípios. "As eleições vão participar da imagem do bolsonarismo e do presidente da república", completou.
Cenário político no Recife
Lavareda colocou as eleições municipais deste ano para capital pernambucana como a mais imprevisíveis de todas e disse que elas são caracterizadas como 'Eleições abertas'.
"Prometem ser eleições emocionantes porque inicia com a incerteza nas marchas das campanhas. Isso só irá diminuir a partir do momento que os eleitores perceberem o posicionamento das candidaturas. Tecnicamente, as eleições no Recife são consideradas abertas, pois o incumbente não é candidato. Outra característica também é não ter um nome de peso na disputa", relata.
Ouça o programa na íntegra: