PANDEMIA

Estudo da NTU aponta que transporte público não é responsável pela alta dos casos da covid-19

A Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) pondera que, no entanto, isso não descarta o risco de contaminação no transporte público

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 16/09/2020 às 18:08
Bruno Campos/TV Jornal
FOTO: Bruno Campos/TV Jornal

A Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) divulgou um estudo técnico em que revela que aponta que o transporte público não é responsável pelo aumento de casos da covid-19. A análise foi feita em 15 sistemas de ônibus, incluindo o da Região Metropolitana do Recife.

Grandes centros, como São Paulo, ficaram de fora do estudo porque, segundo a NTU, não deu retorno à demanda da entidade. Ainda segundo a associação, a análise não foi em campo. Foi realizado um comparativo entre a evolução das viagens de passageiros dos sistemas com os registros de casos confirmados de covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Após análise dos dois dados em cada um dos sistemas, o estudo concluiu que, no período analisado, não se pode dizer que o aumento do número de passageiros transportados levou a uma alta no número de casos. No entanto, isso não significa dizer que não exista risco de contaminação no transporte público nem que o problema da superlotação nos horários de pico não potencialize esse risco.

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Por orientação de profissionais de saúde que validaram a iniciativa da entidade, a análise levou em conta a variação percentual e semanal dos casos da covid-19 confirmados sete dias após a ocorrência da demanda e da quantidade de viagens realizadas por passageiros no transporte público por ônibus. A escolha pela análise dos casos confirmados sete dias após a ocorrência da demanda foi feita, também de acordo com a NTU, por ser um período que compreenderia a infecção e a detecção no teste do passageiro transportado.

Análises

O estudo analisou os sistemas de transporte por ônibus de Belém-PA, Belo Horizonte-MG (municipal), Belo Horizonte-MG (intermunicipal metropolitano), Curitiba-PR, Curitiba (intermunicipal metropolitano), Fortaleza-CE, Goiânia-GO, Macapá-AP, Natal-RN, Porto Alegre-RS, Recife-PE, Rio de Janeiro-RJ (municipal), Rio de Janeiro (intermunicipal metropolitano), Vitória-ES e Teresina-PI.

Confira o estudo completo: