A relação entre a música e o corpo pode simbolizar tanto a celebração da vida quanto ser expressão de um ritual fúnebre. Múltiplos e variados são os sentidos da relação entre a música e o corpo, portanto. Desde as canções de ninar e os efeitos que causam sobre o corpo do bebê; especialmente, de carinho, conforto e segurança.
Muito dessa relação entre música e corpo é mediatizada pela dança. A dança como elemento catalizador da vida (no sentido que acelera a experiência e a compreensão de si e do outro) e aproxima as pessoas, através do uso comum dos seus corpos. Corpos dóceis e que, também se rebelam. Corpos rebeldes que se pacificam. Corpos calmos que se agitam. Corpos pacatos, mas que também protestam e gritam. Corpos invisíveis, mas que, mediatizados pela dança, rompem preconceitos, obstáculos, falam sobre si e exigem respeito.
Essa relação entre música e corpo, mediatizada pela dança, é comumente observada nas danças populares, se formos em busca das suas origens. A história do corpo na sua relação com a música, mediatizada pela dança, revela a história de um povo. Em geral, uma história, ou conjunto de histórias, onde a alegria venceu a tristeza, aproximou pessoas e fez da vida um mundo bem melhor.
Sobre o assunto, o apresentador Marcelo Araújo conversou com o psicólogo Sylvio Ferreira, no programa Movimento Cultural.
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