Na manhã desta terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez o tradicional discurso de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Em virtude da pandemia do novo coronavírus, o encontro foi realizado de forma online. Na ocasião, Bolsonaro lamentou as mortes por covid-19 no Brasil, disse que a imprensa politizou o vírus e relacionou os incêndios que acontecem na Amazônia e no Pantanal aos índios e caboclos.
"Em primeiro lugar quero lamentar cada morte ocorrida", começou sua fala. Bolsonaro também lembrou que desde o início da pandemia, alertou sobre o vírus e o desemprego. "Por decisão judicial, todas as medidas de isolamento e restrições de liberdades foram delegadas a cada um dos 27 governadores das unidades da federação. Ao presidente coube o envio de meios e recursos a todo o país", completou.
"A imprensa brasileira também politizou o vírus"
Em seu discurso, Bolsonaro voltou a repetir o discurso que a imprensa politizou o vírus do novo coronavírus.
"Como aconteceu em grande parte do mundo, parcela da imprensa brasileira também politizou o vírus, disseminando o pânico entre a população. Sob o lema 'fique em casa' e 'a economia a gente vê depois', quase trouxeram o caos social ao país", pontuou.
O Chefe do Executivo também exaltou as medidas econômicas implementadas pelo governo federal, como o auxílio emergencial pago aos desempregados e aos trabalhadores informais e autônomos.
Meio Ambiente
O Meio Ambiente foi um dos temas abordados por Bolsonaro em sua fala. Na ocasião, ele rebateu as críticas que vem recebendo por causa das queimadas constantes no Pantanal e na Amazônia, além de associar a tragédia a índios e caboclos.
"A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima. Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o Brasil", rebateu Bolsonaro sobre as críticas que vem recebendo de ONGs ligadas ao meio ambiente.
Sobre as queimadas, o presidente disse que as "florestas são úmidas e que não permitem a propagação do fogo em seu interior" e defendeu que as queimadas acontecem nos mesmos lugares, "onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas".
O discurso foi reproduzido pela TV Brasil. Assista:
Presidente @jairbolsonaro discursa na abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele fez um balanço das ações do @govbr e destacou o enfrentamento à #pandemia do #coronavirus. Falou também da preservação do meio ambiente.https://t.co/9Ms97Ifvpz
— TV BrasilGov (@tvbrasilgov) September 22, 2020