PRISÃO

Vizinhos de ONG estão perplexos após prisão de presidente de instituição por pedofilia

A ONG atuava no atendimento de crianças e adolescentes; ele foi preso em flagrante por pedofilia

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 24/09/2020 às 13:34
Imagem ilustrativa/Fotos Públicas
FOTO: Imagem ilustrativa/Fotos Públicas

O presidente de uma Organização Não Governamental (ONG) que atendia crianças e adolescentes foi preso em flagrante na Região Metropolitana do Recife suspeito de pedofilia, na noite desta quarta-feira (23). Ele foi levado para a Delegacia de Santo Amaro após uma denúncia.

No bairro onde a instituição funcionava, os vizinhos estão perplexos com a notícia.

Segundo eles, o homem de 37 anos era querido na comunidade. “Eu estou sem acreditar. Era um menino muito direito, educado, muitos anos que eu moro aqui e nunca ouvi nada daquele menino”, comentou uma mulher, sem se identificar.

“A surpresa é grande. Jamais eu esperava isso”, afirmou um outro morador da localidade, que também teve a identidade preservada.

A ONG atuava há mais de 10 anos na comunidade. Pelo menos 60 crianças e adolescentes participavam de atividades esportivas oferecidas em uma quadra do bairro, sempre aos sábados e domingos.

Prisão em flagrante

Uma ex-funcionária da ONG relembra que ficou desconfiada de que alguns abusos aconteciam depois que foi procurada por um menino de 14 anos. “Um dos meninos do nosso projeto, me procurou e procurou o treinador. Primeiramente ele procurou o treinador, conversou e falou que estava recebendo umas mensagens meio estranhas, perguntou se ele [o presidente da ONG] era homossexual e a gente respondeu que não. Ele é evangélico”, contou a mulher, sem se identificar.

Em entrevista à Rádio Jornal, o homem, que teve a identidade preservada para garantir o anonimato dos menores, negou as denúncias. “Eu não tive relacionamento nenhum. Isso é uma perseguição política e a gente vai esclarecer isso”, disse o homem.

No entanto, em depoimento à polícia, ele chegou a confessar. Segundo a Polícia Civil, ele teria pedido fotos íntimas às crianças e aos adolescentes que participavam do projeto. O computador do suspeito foi apreendido e deve passar por perícia. A polícia quer saber se tem material pornográfico infantil armazenado no equipamento.