Manifestação

Professores fazem ato simbólico contra retomada das aulas em Pernambuco

Nesta sexta-feira (25) uma manifestação contra a volta as aulas ocorre em frente à Basílica de Nossa Senhora do Carmo no Recife

Carol Coimbra
Carol Coimbra
Publicado em 25/09/2020 às 10:19
Day Santos/Jc Imagem
FOTO: Day Santos/Jc Imagem

O Pátio da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, na Avenida Dantas Barreto, área central do Recife, amanheceu, nesta sexta-feira (25), repleto de cruzes, em um ato simbólico contra o decreto do governador Paulo Câmara de retornar às atividades presenciais nas escolas. A manifestação realizada pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) tem como objetivo chamar a atenção da sociedade sobre o perigo de uma nova onda de contaminação pelo coronavírus, após a reabertura das escolas.

Um dos diretores do Simpere Carlos Elias falou sobre a principal motivação do ato.

“O objetivo é denunciar o número de mortes no Brasil, é um absurdo. E também denunciar a flexibilização da quarentena tanto pelo governo municipal como pelo estadual e federal também”, declarou.

Sobre a retomada das aulas, Carlos Elias disse que o ano letivo pode ser recuperado, mas vidas não.

“Eles querem abrir as escolas e isso pode aumentar o número de alunos, professores e demais servidores contaminados. Quando essas pessoas estiverem em contato com o vírus, elas vão levar para casa e continuar contaminando outros. Somos contra essa reabertura, defendemos a vida. Ano letivo pode se recuperar, vidas não. Os pais precisam entender isso”, defendeu Carlos.

Contaminação

Carlos ainda ressaltou os dados que comprovam o perigo da volta às aulas.

“Existem pesquisas que colocam que com a abertura das escolas, 20 alunos são capazes de contaminar em três dias 20 mil pessoas. O exemplo está aí, o Amazonas abriu e contaminou mais de 600 professores, que contaminaram alunos e pais. Somos contra a reabertura por conta disso”, completou.

Ouça a reportagem de Leonardo Vasconcelos: