Economia

“Nos custos atuais, não tem como se vender o ovo pelo preço que está”, diz Avipe

Vice-presidente da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe) afirma que a alta no preço do milho e da soja tem afetado a produção de ovos no estado

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 06/10/2020 às 9:50
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Em entrevista ao Passando a Limpo desta terça-feira (6), o vice-presidente da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), Josimário Florêncio, falou sobre a possível subida de preço do ovo devido à alta nos valores do milho e da soja desde março, quando começou a pandemia do novo coronavírus.

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“O ovo está num preço que, eu diria, muito abaixo. Agora, o que a gente está sentindo é carregar o preço do custo por mais dois, três meses, por conta do preço do milho e da soja, que não tem como aguentar daqui pra frente. Naturalmente, algumas empresas vão fechar as portas e a outra parte dos agricultores vai reduzir a produção para reduzir os custos. Com isso, haverá uma oferta menor para os consumidores a partir do fim de outubro. Nos custos atuais, não tem como se vender o ovo pelo preço que está”, explicou Florêncio.

O representante da Avipe também afirmou que a associação busca apoio dos governos estadual e federal para a redução de impostos que diminuam a crise do setor. “A gente está pedindo ao governo do estado para que a gente consiga tirar o imposto na origem onde a gente está comprando. Junto com o governo federal, a gente está querendo tirar o imposto de importação e trazer milho dos Estados Unidos para que a gente consiga regularizar no nacional”, disse.

Florêncio disse ainda que uma ação do Dia Mundial do Ovo vai ser realizada nos próximos dias para alertar a importância de consumir ovo. Para o representante do setor, o alimento ainda é mais barato em comparação com outras comidas como carne, frango e fornece diversos benefícios nutricionais para quem o consome.

Confira a entrevista na íntegra: