ACIDENTE

Explosão em lancha: terceira vítima morre após quase dois meses internada

Fabíola Lima de Souza, de 40 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira (15); explosão em lancha ocorreu em 30 de agosto, na Praia de Maria Farinha

Yuri Nery
Yuri Nery
Publicado em 15/10/2020 às 15:34
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FOTO: Reprodução/ Internet

Fabíola Lima de Souza, de 40 anos, morreu por volta 3h30 da madrugada desta quinta-feira (15) no Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife. Fabíola é a terceira vítima fatal de explosão em lancha ocorrida no último dia 30 de agosto, na MF Marina Clube, localizada na praia de Maria Farinha, no Litoral Norte do estado.

Segundo o HR, Fabíola estava internada na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ), onde fazia curativos. Seu estado de saúde foi agravado nos últimos dias, quando precisou ser levada para Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Outras vítimas

As cinco vítimas envolvidas na explosão foram levadas para o hospital na tarde do dia 30 de agosto, logo após o acidente. Wilma MAria da Silva, de 30 anos, morreu no dia 1º de setembro, por volta das 7h45, em em virtude de parada cardíaca e insuficiência respiratória. A babá da família proprietária da lancha deixou marido e quatro filhos. Após um mês, na tarde de 1º de outubro, Rosângela de Souza Oliveira Melo, de 56 anos, também veio à óbito. Ambas tiveram 40% do corpo queimado.

As outras duas pessoas que também estavam na lancha, tiveram ferimentos leves. Um homem de 56 anos teve queimaduras nas pernas, enquanto o 54 anos ficou com um ferimento na boca, precisando apenas de atendimento buco-maxilo-facial.. Eles receberam altas em 31 de agosto e 1º de setembro, respectivamente.

Investigações

A Marinha do Brasil está apurando as causas, circunstâncias e responsabilidade do ocorridos por meio de um inquérito. Assim que as investigações chegarem ao fim, o documento será enviado ao Tribunal Marítimo.

Como evitar acidentes em lanchas

De acordo com o tenente-coronel Anderson Barros, chefe de comunicação do Corpo de bombeiro de Pernambuco, não é recomendado estar dentro da embarcação enquanto ela estiver sendo abastecida. “Os vapores liberados pelos combustíveis podem queimar e, quando confinados, podem explodir (...) Preventivamente, não é bom se aproximar desse combustível, porque vai ficar impregnado nas roupas, e no corpo. E, muitas vezes, quando inalado, podem queimar os pulmões de quem respirou”, disse.

O tenente-coronel destaca ainda alguns cuidados que são necessários, caso o acidente aconteça. “Na hora em que ocorre o acidente e que as chamas vêm, a pessoa tem que manter a calma e não correr, porque o oxigênio alimenta o incêndio. Tem que ser feito o abafamento das chamas no próprio corpo ou rolando, nunca se jogar dentro d’água ou em qualquer outro lugar, porque você pode sofrer um acidente mais sério”, recomendou.

Em caso de emergência, ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros, no número 193.