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Nas últimas semanas, algumas mensagens têm circulado nas redes sociais apontando aumento nos casos da covid-19 nos hospitais privados de Pernambuco. Nesta terça-feira (27), o secretário estadual de Saúde, André Longo, negou que esteja havendo aumento na ocupação das UTIs com pacientes graves da covid-19.
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No entanto, ele confirma que houve aumento na procura pelos serviços por pessoas com sintomas da covid-19. "Com a reabertura das atividades econômicas e o retorno da intensa circulação de pessoas, em especial no último feriado do dia 12 de outubro, algumas dessas unidades notaram um aumento na procura de pacientes com casos leves, com sintomas gripais. Isso fez com que este movimento pudesse ser sentido e dado a impressão de algum aumento no número de casos”, justificou. “É importante ressaltar que nós não estamos sentindo esse movimento na rede de UPAs do Estado, termômetro da rede pública. Essas unidades continuam com o mesmo padrão de atendimento de casos de síndrome respiratória”, completou.
André Longo afirma que a procura ocorreu por conta de outros vírus. "Essa procura na rede privada se deu pelos mais diversos quadros, e não necessariamente são casos da covid-19. Há uma série de outros vírus e doenças que também podem causar esses sintomas", disse.
O secretário se reuniu, nesta terça, com representantes do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado de Pernambuco (Sindhospe), além da Federação de Hospitais Filantrópicos. Atualmente, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a rede pública estadual possui uma ocupação média de 59%, mantendo uma tendência de estabilidade desde o pico da pandemia.
Ocupação na rede privada
O Sindhospe também reforçou que os serviços particulares estão operando dentro da normalidade, inclusive com desmobilização de leitos para o novo coronavírus e a retomada da assistência das outras patologias que ficaram reprimidas no período mais crítico do isolamento social. O Sindicato ratificou que, diferente do que vem circulando em mensagens nas mídias sociais, não houve superlotação dos leitos hospitalares.
De acordo com os dados enviados pelas unidades, hoje, são 132 leitos de enfermaria nos serviços privados, com uma taxa de ocupação de 21%. Em relação à UTI, são 202 vagas, 74% delas ocupadas. O secretário André Longo aproveitou para solicitar ao Sindhospe para que as unidades particulares mantenham a Central de Regulação do Estado atualizada sobre as vagas disponibilizadas para os casos suspeitos e confirmados da Covid-19 e as respectivas taxas de ocupação.
De acordo com as análises epidemiológicas das últimas semanas, observa-se um aumento de 1,1% nas suspeitas de casos leves nos últimos 15 dias. "Durante o processo de convivência com a doença, flutuações podem acontecer, mas, até agora, essas oscilações estão dentro de um patamar esperado, sem configurar tendência clara de aumento, ou de recrudescimento, ou de uma segunda onda da Covid-19. Ao mesmo tempo, também temos uma queda sucessiva nos casos leves efetivamente confirmados para o novo coronavírus, o que reforça a circulação de outros vírus sazonais e a maior exposição da população a eles", destacou Longo.
Ocupação na rede estadual
Atualmente, a rede estadual possui 933 vagas de enfermaria exclusivos da Covid-19, com ocupação de 46%, ou seja, mais de 500 leitos disponíveis.
Em relação aos casos graves, o secretário André Longo também reafirmou as quedas sucessivas nas ocorrências, como também dos óbitos. "Após criteriosa análise epidemiológica, o Governo do Estado e a Prefeitura do Recife desmobilizaram mais de 1,5 mil leitos e, mesmo assim, a média de ocupação permanece, hoje, abaixo de 60%", afirmou.
O gestor ainda disse que a rede de saúde continua com capacidade de mobilização para, se necessário, retomar leitos para assistência à Covid-19. Hoje, a rede estadual possui 785 leitos de UTI, com ocupação de 75%, ou seja, com 200 vagas disponíveis para acolher pacientes.
Em relação às mensagens que circulam nas mídias sociais, André Longo foi enfático ao afirmar que é preciso analisar os números "Não podemos tomar medidas por uma impressão de um dia ou de outro, ou por uma situação que aparece apenas em uma semana epidemiológica. Precisamos configurar tendência, analisar os números. A gente não deve se precipitar em nenhum tipo de medida, mas ressalto que estamos observando os cenários diariamente. Se for preciso tomar alguma medida mais rígida, nós vamos tomar, mas isso é acompanhando o cenário, os indicadores", garantiu.
Respeito às medidas sanitárias
Para finalizar, o secretário André Longo afirmou que o governo continua monitorando a situação da pandemia, diariamente, com transparência. Ele pede que a população respeite as medidas para evitar a infecção pela c ovid-19.
“Para evitar um novo aumento nos índices de contaminação pela Covid-19, dependemos somente de nossas próprias atitudes. O vírus continua circulando e, para não termos mais mortes e um aumento na ocupação dos hospitais, cada um precisa fazer sua parte: usando a máscara corretamente, lavando as mãos com frequência e praticando o distanciamento social, evitando as aglomerações", concliu Longo.