Corrida Eleitoral

Antonio Lavareda fala sobre vitória de Biden nas eleições dos Estados Unidos

Quadro Corrida Eleitoral foi ao ar nesta segunda-feira (9)

Carol Coimbra
Carol Coimbra
Publicado em 09/11/2020 às 10:58
Reprodução/Rádio Jornal
FOTO: Reprodução/Rádio Jornal

Nesta segunda-feira (9), no quadro Corrida Eleitoral da Rádio Jornal, o cientista político Antonio Lavareda conversou com Geraldo Freire, o Comunicador da Maioria, falou sobre o resultado das eleições dos Estados Unidos. O candidato democrata Joe Biden foi o vencedor, mesmo que ainda não oficialmente. Ele derrotou o até então atual presidente, Donald Trump, do Partido Republicano.Lavareda comentou sobre as pesquisas da eleição.

“Como sempre em cada episódio eleitoral, os seus resultados quando cotejados com pesquisas, eles deixam lições novas. Em 2016, já havia ocorrido uma discrepância para cima das margens de erro entre pesquisas e resultados nos Estados Unidos. Agora, isso se deu em menor expressão, ou seja, o resultado sobre os votos totais se aproxima, os institutos projetados alguns deles 5,6, 7 [pontos] a diferença, agora foi de três até o momento. Mas, em alguns estados, especialmente Flórida, Carolina do Norte, onde se esperava vitória de Biden, Trump ganhou estados como Michigan, Wisconsin, Pensilvania, onde se imaginava uma margem muito dilatada pró-Biden, ele venceu eleição, mas com margem estreita. Então, nesse momento, as pesquisas estão sendo reexaminadas e os analistas norte-americanos e do mundo todo procuram escrutinar o que pode ter ocorrido”, explicou.

“Algumas hipóteses já estão estabelecidas. Primeiro lugar, um comparecimento inusual, os institutos trabalhavam com um comparecimento tradicional. Este ano perto de 20 milhões de eleitores americanos que não votavam passaram a votar, isso é importante. Comportamento do voto hispânico, que é diferente dos diversos estados, diferente na Flórida, diferente do Arizona, no Texas. Este ano, o voto hispânico ultrapassou o dos afro-americanos em termos de peso em composição do eleitorado, passou a ser 13% também esse voto não foi bem aferido. E, sobretudo, uma discrepância entre o voto dos eleitores brancos de menor escolaridade, sem escolaridade universitário previsto nas pesquisas e realizados nas urnas, esse é um voto decisivo lá. Para se ter uma ideia, em 2016 havia uma distância de 25 pontos pró-Trump naquela eleição, essa distância foi reduzida em sete pontos. Foi fundamental para a vitória de Biden combinados a outros aspectos”, acrescentou Lavareda.

Veja o vídeo da entrevista completa: