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Pernambuco anuncia abertura de mais 77 leitos da covid-19

Do total de leitos da covid-19 abertos, 40 são de UTI

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 12/11/2020 às 17:32
Divulgação/Prefeitura do Recife
FOTO: Divulgação/Prefeitura do Recife

Em coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (12) o secretário estadual de Saúde, André Longo, anunciou que o Pernambuco abriu mais 77 leitos, sendo 40 de UTI e 37 de enfermaria, destinados a pacientes da covid-19. Existe a perspectiva da abertura de mais 30 leitos nos próximos dias, totalizando mais 107 leitos.

De acordo com o secretário, nas últimas semanas, a Central de Regulação de Leitos de Pernambuco apresentou uma alta na taxa de ocupação. "Os leitos de UTI alcançaram uma taxa de 80%, em especial na Região Metropolitana do Recife. Também uma maior pressão sobre os leitos de enfermaria. Juntando as vagas do Estado com as vagas da Prefeitura do Recife o SUS em Pernambuco já contou, no auge da pandemia, com 3.171 leitos para pacientes com covid-19, sendo 1.245 de UTI e 1.926 de enfermaria. Ao longo desses meses, com a redução da demanda e para evitar ociosidade, tivemos a desmobilização de 1.500 leitos, que foram bloqueados ou desmobilizados em definitivo", detalhou.

Segundo André Longo, o aumento da taxa de ocupação registrado nos últimos 15 dias é reflexo também da desmobilização desses leitos, por isso novos leitos estão sendo abertos. "O nosso Plano de Convivência prevê o desbloqueio ou a ativação de leitos caso alcançássemos o percentual sustentado de 80% por alguns dias. Assim, já hoje o Governo de Pernambuco passou a disponibilizar mais 77 leitos para a covid-19, sendo 40 de UTI e 37 de enfermaria, nos Hospitais Maria Vitória, no bairro de Areias, e Evangélico, na Torre", destacou o secretário.

A abertura de novos leitos surge em meio às especulações de que o Estado estaria iniciando uma "segunda onda" de registros do novo coronavírus. Apesar da abertura dos leitos, André Longo nega a informação. "Nenhuma análise, até o momento, aponta para o desenvolvimento ou curso de uma segunda onda da doença. Atingimento o pico em maio, a partir de setembro entramos em um patamar de baixa e sem expressivas oscilações, sejam para cima ou para baixo. Os estudiosos apontam que, para configuração de uma nova onda, seria necessário um aumento sustentado de pelo menos 60% dos casos em relação ao patamar do vale baixo que atingimos", afirmou.

Confira coletiva completa do secretário:

Oito meses de pandemia

O secretário lembrou que, nesta quinta-feira (12), Pernambuco marca oito meses desde os primeiros casos. "Desde os primeiros registros, em 12 março, toda a estrutura e aparato do governo foram colocados para apoiar o enfrentamento à doença e para que a resposta do poder público fosse à altura da maior crise de saúde pública da história recente da humanidade. Colocamos em prática o maior esforço sanitário, logístico e de mobilização de insumos, equipamentos e recursos humanos da nossa história. Isso foi crucial para estruturar a rede de saúde garantido o atendimento e a estrutura necessária para a resposta do SUS. Investimos na ampliação da testagem com a modernização do parque tecnológico do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e realizamos a maior convocação de profissionais da história, a quem devemos todo o reconhecimento pela labuta diária", disse.

O secretário afirmou que essas ações e a colaboração da população permitiram que os principais indicadores da pandemia tivessem uma queda progressiva e sustentada no final de maio e início de junho. "No mês de outubro registramos os menores níveis da doença desde o início da aceleração epidêmica que vimos no final de março e começo de abril", apontou.