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"300 pessoas é uma aglomeração e tanto", diz epidemiologista, criticando sugestão de ministro do Turismo

Para Ethel Maciel, aglomeração deve ser de no máximo cinco pessoas nas festas de final de ano.

Carol Coimbra
Carol Coimbra
Publicado em 18/12/2020 às 10:32
Reprodução/Facebook
FOTO: Reprodução/Facebook

Em entrevista ao Passando a Limpo da Rádio Jornal na manhã desta sexta-feira (18), a epidemiologista Ethel Maciel criticou a sugestão do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, de liberar eventos de fim de ano com até 300 pessoas.

“Trezentas pessoas é uma aglomeração e tanto! Recomendamos encontros com, no máximo, cinco pessoas. Toda vez que você se expõe a outros grupo [que não sejam do núcleo da família], tem o risco de se infectar [com o novo coronavírus]”, afirmou a especialista.

A epidemiologista analisa ainda a possibilidade do país estar enfrentando uma segunda onda da pandemia, o que pode piorar os números de vítimas fatais. “Até uma semana atrás, eu diria que estávamos em uma primeira onda estendida, mas, nesta semana, os números subiram muito. Só vamos poder ter certeza quando analisarmos os dados de um próximo pico, mas os dados de hoje lembram muito os de meados de maio e junho. Nosso primeiro pico foi em meados de junho”, lembrou.

Ainda de acordo com Ethel, os cálculos matemáticos previam uma segunda onda da pandemia apenas par ao início de 2021, mas, de acordo com a especialista, as aglomerações durante a campanha eleitoral e a ausência do uso de máscara da população está interferindo no aumento progressivo dos números.

Confira a entrevista na íntegra: