Pandemia do novo coronavírus

"Foi um privilégio", diz pernambucano vacinado contra covid, em Israel

Israel foi um dos primeiros países a começar imunização contra covid-19

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 28/12/2020 às 8:01
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Após um longo ano de incertezas e muita expectativa, o pernambucano Mário Roberto Melo fez aquilo que muita gente gostaria, mas ainda não pode. Residente em Israel há 30 anos, o engenheiro mecânico foi vacinado contra a Covid-19 na última terça-feira, dia 22. Foi um privilégio fazer parte do grupo autorizado pelo governo a ser imunizado”, afirmou o pernambucano à reportagem do JC. Israel foi um dos primeiros países a dar início a uma campanha de vacinação contra a covid-19.

Após receber o imunizante, Melo orienta que todos façam o mesmo assim que possível. “Não senti nada após ser vacinado. Apenas uma dor local, no ombro, nada mais do que isso. [No início,] tive receio. Assisti a vídeos com professores que diziam ser precoce a imunização, que as vacinas tinham sido produzidas muito rapidamente, que seria melhor esperar um pouco para ter uma noção mais exata. Mas, ao mesmo tempo, ouvi outros profissionais alegando que as empresas eram sérias, com experiência no que faziam e que não iriam colocar um produto que oferecesse risco à população mundial. Foi quando me decidi pela vacina”, disse.

Colaborador da Rádio Jornal em Israel, Mario se sentiu mais encorajado quando participou de uma conversa com jornalistas do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação na semana passada. “Me senti encorajado a partir dali”, revelou.

“A vacinação aqui, obviamente, não é obrigatória, mas também não é espontânea. Só é vacinado quem recebe um convite do do serviço de saúde. Você vai até o local, onde praticamente não há fila, com tudo muito organizado, e se imuniza”, detalha. Mário Roberto Melo disse que, em Israel, a população não faz questionamentos sobre a origem da vacina contra a covid-19. “Por enquanto, só temos a da Pfizer. A da Moderna ainda não está disponível”.

Terceira onda

“A vacinação acontece no início da terceira onda, exatamente para evitar uma superlotação nos hospitais. Chegamos a 3 mil casos diários e, por isso, Israel decidiu, a partir de hoje (27/12), confinar as pessoas em todas as cidades que até então estavam na fase vermelha de contágio”. Na primeira onde Israel teve um número considerado pequeno de óbitos e contaminação: 225 mortes e 49 mil infectados. Mas os números começaram a subir.