NOVO CORONAVÍRUS

Vacina contra a covid-19: veja qual a documentação necessária para se imunizar

Campanha de vacinação contra o novo coronavírus está prevista para começar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro

Gustavo Henrique
Gustavo Henrique
Publicado em 12/01/2021 às 18:00
Reprodução/Rádio Jornal
FOTO: Reprodução/Rádio Jornal

Prevista para começar entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro no país, a vacinação contra a covid-19 já é esperada por milhões de brasileiros. As duas vacinas que pediram o uso emergencial – CoronaVac e Oxford - são administradas em duas doses

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De acordo com o plano de imunização do governo, todas as pessoas vão ser vacinadas, portando, ou não, algum documento. É preciso apenas comprovar que pertence ao grupo prioritário correspondente à fase da vacinação.

Porém, para maior controle, o Ministério da Saúde informa que é importante ter em mãos o número do CPF ou mostrar o Cartão Nacional de Saúde (CNS) – o Cartão do SUS.

"Para o acompanhamento em tempo real da situação vacinal de cada cidadão brasileiro, o Ministério da Saúde disponibilizou o aplicativo Conecte SUS. Por ele, cada dose aplicada será registrada na carteira digital de vacinação do usuário, identificado por meio do CPF ou do Cartão Nacional de Saúde (CNS). Também serão registrados o tipo de vacina, seu lote de fabricação e a data em que foi tomada a dose", diz a pasta, em nota.

O Ministério explicou que o registro do paciente nas bases de dados poderá ser feito no momento do atendimento, utilizando o CPF ou o CNS.

CoronaVac

Eficácia

Os testes de eficácia vêm sendo desenvolvidos no Brasil desde julho deste ano e numa etapa preliminar era necessário que um mínimo de 61 participantes voluntários do teste fosse contaminado pelo novo coronavírus. Isso porque metade dos voluntários recebe placebo e, a outra metade, a vacina. Para saber se a vacina é eficaz, espera-se que a maior parte dos infectados pelo vírus estejam entre as pessoas que receberam o placebo.

Esse número mínimo de voluntários contaminados nos testes foi atingido em novembro e permitiu o início da análise da eficácia da vacina pelo comitê internacional. Mas, como a doença voltou a crescer em todo o estado nos últimos meses, o número de voluntários infectados cresceu, atingindo o patamar considerado ideal para a finalização do estudo. O estudo de eficácia, segundo Dimas Covas, continua a ser realizado. Serão feitos ainda, segundo ele, outros quatros estudos: com idosos e pessoas com comorbidades, com grávidas, com crianças e adolescentes e um outro estudo sobre eficiência, para avaliar o papel da vacina na pandemia.

Vacina

O governo paulista, por meio do Instituto Butantan, tem uma parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para a aquisição da vacina CoronaVac. Por meio desse acordo, o governo paulista já vem recebendo doses da vacina. O acordo também prevê transferência de tecnologia para o Butantan, o que significa que a vacina passará a ser produzida aqui no Brasil, na fábrica do Butantan.

Para uma vacina poder ser utilizada na população, ela passa por uma fase de estudos em laboratório, uma fase pré-clínica de testes em animais e três etapas clínicas de testes em voluntários humanos, que avaliam a produção de anticorpos, a sua segurança e a sua eficácia. Estudos de fases 1 e 2 da vacina, realizados na China , já haviam demonstrado que ela é segura, ou seja, que ela não provoca efeitos colaterais graves. Também estudo feito com voluntários no Brasil comprovou que a vacina é segura.

Produção

O governo de São Paulo já recebeu, da Sinovac, 10,8 milhões de doses da vacina. Pelo termo de compromisso assinado no final de setembro com a Sinovac, o Butantan vai receber um total de 46 milhões de doses da CoronaVac, sendo que 6 milhões dessas doses já chegarão prontas. A vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias entre elas.

Na semana passada, o Ministério da Saúde fez um acordo com o Instituto Butantan e comprou todas as doses da CoronaVac, que serão utilizadas no Programa Nacional de Imunização caso ela seja aprovada pela Anvisa.