Economia

'Também somos vítimas', diz presidente de sindicato dos revendedores de gás sobre aumento no preço do botijão

De acordo com presidente do sindicato, valor do botijão de gás sobe devido política de preços da Petrobrás

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 21/01/2021 às 12:29
Marcello Casal/Agência Brasil
FOTO: Marcello Casal/Agência Brasil

O Passando a Limpo desta quinta-feira (21) repercutiu o alto valor do gás de cozinha, que em algumas regiões do país ultrapassa R$ 105 por botijão. "De acordo com a presidente-executiva do Sindicato das Revendas de Gás (Sinregás), Francine Gulde, a culpa pelo alto preço não é das revendedoras que, segundo ela, também são “vítimas”.

“Infelizmente, a situação é meio complicada com essa nova política da Petrobras. Nos últimos oito meses, o preço só sobe. A revenda está em uma situação muito crítica. Toda vez que [a revenda] vai comprar, está mais caro. A gente entende que não cabe aumento nesse momento e seguramos ao máximo o que a gente pode. Muitas revendas não estão conseguindo honrar com seus compromissos financeiros”, afirmou na entrevista.

Francine disse ainda que o preço pode seguir aumentando em Pernambuco. “Paulo Guedes, disse que ia baixar o gás. Na época, era uma média de R$ 70. E a gente perguntou como ele iria fazer aquela proeza. Até hoje, o que ele falou não se concretizou. Pelo contrário, daqui a pouco, vai chegar a R$ 90 ou R$ 100 o preço do gás de cozinha. O mais prejudicado é a população carente”, analisou.

Reclamação

Francine reclamou ainda que o governo estadual não ajuda as revendedoras. “Agora, o governo de Pernambuco colocou um pátio de triagem. Todos os caminhões carregados com botijões de gás têm de passar por esse pátio e pagar um pedágio. Em setembro do ano passado, a gente pediu ajuda ao governo para a população entender que nós não somos culpados, somos vítimas também. A gente pediu que, ao menos os caminhões que entrassem para carregar com o gás de cozinha, fossem anistiados da cobrança deste pedágio, mas a gente não é ouvido. Continuamos pagando para entrar no Porto de Suape e isso só aumentou o custo para o revendedor de gás”, disse.

Confira a entrevista na íntegra: