Política

Não tem dinheiro para auxílio emergencial, mas tem para leite condensado, diz Guilherme Boulos ao criticar Bolsonaro

Ex-candidato à presidência e à prefeitura de SP, Guilherme Boulos defende união das esquerdas para derrotar Bolsonaro em 2022

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 28/01/2021 às 9:34
Foto: Luiza Falcão/Rádio Jornal
FOTO: Foto: Luiza Falcão/Rádio Jornal

Em visita ao Recife nesta quinta-feira (28), o ex-candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) criticou os gastos públicos com alimentos no governo federal, pediu o impeachment de Bolsonaro e defendeu uma união entre partidos de esquerda contra o bolsonarismo nas eleições de 2022.

Em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, Boulos afirmou que qualquer diferença entre ele e outros líderes de esquerda é menor do que a necessidade de retirar Bolsonaro do poder. “Eu defendo que a esquerda construa uma unidade.

Tenho conversado com outras lideranças. Entenda que qualquer diferença que tenha entre nós é menor do que a vontade do povo de reconstruir o país”, afirmou Boulos.

Impeachment contra Bolsonaro

Boulos criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), por ainda não ter aprovado o início do impeachment contra Bolsonaro. “Bolsonaro atenta contra a vida, contra saúde pública, contra democracia e isso não é crime? Não é crime de responsabilidade? Rodrigo Maia tinha de ter compostura, pegar a caneta dele e abrir um processo de impeachment”, afirmou o ex-candidato.

Gastos públicos

Para Guilherme Boulos, as eleições de 2022 serão diferentes do escrutínio realizado em 2018. “2022 não vai ser igual a 2018. Esse discurso de ‘comunista, esquerda’ já não teve em 2020. Onde o Bolsonaro ganhou? O povo já acordou. O discurso funcionou em 2018 porque havia uma frustração muito grande. Agora, depois de dois anos de Bolsonaro, vocês viram a situação do leite condensado? Esse era o cara que disse que ia acabar com a mamata, com a corrupção no Brasil? Agora, ele diz que não tem dinheiro para auxílio emergencial. Mas tem para fazer farra alimentar”, criticou.

Confira a entrevista na íntegra: