O presidente Jair Bolsonaro sinalizou que, se sair do papel, o 'novo auxílio emergencial' irá beneficiar um número menor de pessoas, em comparação ao número de beneficiários que receberam as parcelas, no ano passado.
Bolsonaro argumentou que as parcelas devem contemplar os mais necessitados. "Tivemos 68 milhões de pessoas recebendo o auxílio emergencial, e eu tive 58 milhões de votos", comparou o presidente em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na tarde dessa segunda-feira (8).
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Continuidade do auxílio
Bolsonaro conversou com apoiadores sobre um novo auxílio, um auxílio emergencial alterado, nessa segunda-feira (8).
Na conversa, o presidente admitiu a necessidade de continuar com o programa de transferência de renda, mas não deu mais detalhes.
Sem Bolsa Família
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se, na última quinta-feira (4), com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Após o encontro, ele ofereceu uma possibilidade diferente de alteração no público do auxílio emergencial.
Segundo o ministro da Economia, a extensão do auxílio emergencial não abrangeria os inscritos no Bolsa Família, e se concentraria apenas na população não atendida por nenhum programa social.
Ela seria mais “focalizada” e atenderia 32 milhões de brasileiros, pouco menos da metade dos 67,9 milhões de pessoas que receberam o benefício em 2020.
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O auxílio emergencial
De abril a setembro de 2020, o auxílio foi responsável pela distribuição de R$ 600 às pessoas - ou R$ 1.200, no caso das mães que criam filhos sozinhas.
A partir de outubro, o valor das parcelas caiu pela metade. No dia 28 de janeiro foram liberados os últimos pagamentos.
A estimativa é de que o fim do auxílio vá deixar, pelo menos, 63 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e 20 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza extrema.