LIMPEZA

Após ser alvo de pichações, estátua do cantor Reginaldo Rossi recebe nova pintura

A equipe de reportagem da TV Jornal conferiu a restauração e encontrou problemas na estátua de Reginaldo Rossi, além de resquícios da pichação

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 23/02/2021 às 11:00
Marcos Pastich/PCR
FOTO: Marcos Pastich/PCR

A estátua do cantor Reginaldo Rossi, alvo de pichação no último final de semana, já recebeu uma nova pintura para que as marcas do vandalismo fossem apagadas. Na manhã desta terça-feira (23), a estátua do Rei do Brega amanheceu com outro aspecto, bem mais limpa. Mereceu até um registros fotográficos de quem passava pelo Largo do Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, no centro do Recife.

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Falhas

Nessa segunda-feira (22), a Prefeitura do Recife anunciou que funcionários fizeram a limpeza, mas basta olhar de perto para perceber falhas no serviço. Parte da tinta utilizada pelos vândalos ainda ficou na escultura, que foi inaugurada no início do mês e já apresenta sinais de depredação.

Hoje pela manhã, apesar da limpeza feita, a equipe de reportagem da TV Jornal conferiu de perto a restauração e encontrou a obra quebrada, em algumas partes, além de constatar que a tinta utilizada não foi suficiente.

Conservada

A auxiliar de serviços gerais, Margarida Marcelino, que foi vizinha de Reginaldo Rossi durante 5 anos, também não gostou nada da ação dos vândalos. Segundo ela, a estátua do Rei do Brega merecia estar melhor conservada.

Investimento

A prefeitura da cidade investiu R$ 35 mil para homenagear o cantor, que foi esculpido sentado em uma mesa de bar.

Numa mesa de bar, Reginaldo Rossi é eternizado em estátua no Recife

O artista, que foi declarado Patrono do Brega pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em outubro de 2020, passou a compor o Circuito da Poesia da Prefeitura do Recife.

A estátua de Reginaldo Rossi foi feita pelo artista plástico Demetrio Silva e inaugurada no dia 2 de fevereiro, pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB).

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Yacy Ribeiro/ JC Imagem
Orçada em R$ 35 mil, a escultura chega para compor o Circuito da Poesia da Prefeitura do Recife - FOTO:Yacy Ribeiro/ JC Imagem
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Carreira de Reginaldo Rossi

Falecido no dia 20 de dezembro de 2013, aos 69 anos, vítima de um câncer de pulmão, Reginaldo Rodrigues dos Santos começou a carreira musical em 1963, formando com amigos o conjunto The Silver Jets, no qual permaneceu até 1965.

Boa parte dos fãs do cantor o conhecem a partir dos anos 1980, quando ele voltou a morar no Recife. O Nordeste era onde estava seu público. Depois de vários sucessos medianos, em 1987, ele estourou com Garçom, música que o marcou e é responsável pela sua unção como Rei do Brega. O termo “Rei” veio de um programa de bons índices de audiência que o cantor apresentou na TV Pernambuco.

A princípio, Rossi não gostava de ser tratado por “brega”, afinal, a música que fazia diferia pouco da que cantava nos anos 1960/70, quando conseguiu o primeiro sucesso nacional, com O pão.

Boa parte das canções obrigatórias do seu repertório vem dessa época: Maior que Deus (1967), Era domingo (1970), Tô doidão (1971, versão da francesa Les Daltons, de Joe Dassin), Mon amour, meu bem, ma femme, Deixa de banca (versão de Les Cornichons, de Nino Ferrer e Jean Booker).

Achava que o que fazia deveria ser chamado de rock, iê-iê-iê, que considerava o movimento mais duradouro da música brasileira. Na política, Reginaldo foi candidato a vereador do município de Jaboatão dos Guararapes, em 2008, e obteve 717 votos, ficando como o 119º mais votado.