Em Pernambuco, foram registrados 15 casos da síndrome de Haff nos últimos cinco anos, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), sendo 10 desses casos confirmados por critério clínico epidemiológico, quatro deles no ano de 2017 e outros seis em 2020. Os cinco casos restantes são do ano de 2021 e seguem em investigação. Durante o período citado, nenhuma morte em decorrência da síndrome de Haff foi confirmada no Estado.
Em casos de sintomas sugestivos para doença, que têm a investigação epidemiológica realizada pelas secretarias de Saúde municipais, a SES-PE informou que o paciente deverá procurar atendimento no serviço de saúde mais próximo da residência onde mora, relatar os sintomas e o histórico de consumo de pescados. Os
Morte de veterinária
A veterinária Pryscila Andrade, de 31 anos, estava internada com suspeita de Síndrome de Haff, conhecida como doença da urina preta. Ela estava internada em um hospital particular da capital desde quando passou mal. O falecimento de Pryscila foi confirmado pela mãe da vítima, Betânia Andrade. "Minha filha não resistiu. Esse peixe matou minha princesa", disse a mãe em entrevista à produtora da TV Jornal Marina Costa.
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Já a empresária Flávia Andrade recebeu alta hospitalar na última quarta-feira (24) após adquirir síndrome de Haff. Em entrevista ao programa Por Dentro com Cardinot, ela falou sobre a doença. "Teve um primeiro consumo na minha casa, do peixe, e eu tive muita dor abdominal, dor torácica, dor no estômago. Já no segundo consumo, meu filho também comeu. Graças a Deus ele está fora de perigo", afirmou a empresária.
O que é a Síndrome de Haff?
A doença de Haff é uma doença rara que acontece de forma repentina e que é caracterizada pela ruptura das células musculares, o que leva ao aparecimento de alguns sinais e sintomas como dor e rigidez muscular, dormência, falta de ar e urina preta, semelhante à café.
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As causas da doença de Haff ainda são discutidas, no entanto acredita-se que o desenvolvimento da doença de Haff seja devido a alguma toxina biológica presente em peixes de água doce e crustáceos.
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“O que chama atenção? O peixe não foi armazenado de forma adequada nem tratado de forma adequada. Aí ele vai produzir uma toxina. Você come o peixe, não nota que tem essa toxina, o gosto não tem alteração, mas, poucos dias depois, você começa a ter a dor muscular intensa e a urina ficando preta, devendo procurar de imediato uma unidade hospitalar, quando isso acontecer”, analisou o médico infectologista Filipe Prohaska, em entrevista à TV Jornal.